Polícia Fedral investiga possível desvio de recursos na Prefeitura de Princesa Isabel, na Paraíba; ex-prefeito Ricardo Pereira nega irregularidades

A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar suspeitas de desvio de recursos públicos na Prefeitura de Princesa Isabel, durante a gestão do ex-prefeito Ricardo Pereira. A apuração aponta uma série de movimentações financeiras consideradas atípicas, como saques em espécie, uso de intermediários, endossos de cheques e pagamentos sem correspondência nos sistemas oficiais de transparência.
Segundo o relatório preliminar, foram identificados:
- Saques realizados por terceiros, sem vínculo com a prefeitura;
- Cheques emitidos para pessoas que não constam na folha municipal;
- Movimentações incompatíveis com a renda de servidores;
- Operações que podem indicar um esquema estruturado para dificultar o rastreamento do dinheiro público.
Depoimentos anexados ao inquérito relatam que cheques da prefeitura circulavam para pagamentos diversos e que intermediários eram usados para efetuar retiradas de numerário na agência bancária da cidade — prática que, segundo a Polícia Federal, pode caracterizar tentativa de ocultação de informações sobre o destino final dos recursos.
Ex-prefeito rebate acusações
Após a divulgação das suspeitas, o ex-prefeito Ricardo Pereira afirmou que as denúncias têm motivação política e que todas já teriam sido apresentadas anteriormente por adversários, resultando em arquivamentos.
“Esse pessoal já fez mais de 120 denúncias e nenhuma prosperou. Estão usando tudo o que podem com denúncias mentirosas para chegarem ao poder. Sabemos o que fizemos e isso incomoda eles”, declarou.
Ricardo também disse que os cheques questionados constam regularmente no Sagres, sistema do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), e que as operações envolvem, em muitos casos, despesas sociais de pequeno porte, como compra de fraldas, botijões de gás, medicamentos e exames.
O ex-gestor afirma que todas as despesas estão documentadas e correspondem a serviços efetivamente prestados, e que pessoas simples do município estariam sendo “expostas injustamente” durante o processo.
O inquérito segue em andamento na Polícia Federal, que deve aprofundar a análise de documentos, extratos bancários e oitiva de testemunhas para esclarecer se houve irregularidades na aplicação dos recursos públicos.








/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/j/l/Qbi2t6QqudqxkYLMkWDw/whatsapp-image-2025-11-22-at-18.20.18.jpeg)


