Presidente Jair Bolsonaro volta a defender ações contra pandemia e alerta para risco de recessão no Brasil
O
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma publicação no Facebook
na manhã deste domingo (12) citando ações econômicas contra a pandemia
do novo coronavírus e possíveis riscos de recessão no país.
“Milhões
de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um
país na beira da recessão. A situação só não está pior pelas ações do
Governo Federal que foi ao socorro das pequenas e médias empresas,
arranjou recursos para estados e municípios e está pagando Auxílio
Emergencial de R$ 600,00 para mais de 60 milhões de pessoas”, publicou o
perfil oficial do presidente.
“Sempre
disse que o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior
que o próprio vírus. A realidade do futuro de cada família brasileira
deve ser despolitizada da pandemia. Os números reais dessa guerra
brevemente aparecerão”, completou Bolsonaro.
Esta não é a primeira
vez que o presidente faz declarações sobre os riscos à economia
brasileira durante o combate ao novo coronavírus. Desde o início da
pandemia, Bolsonaro defendeu medidas menos restritivas de quarentena
para que a economia sofresse menos impactos.
A analista de
política Thaís Arbex observa que Bolsonaro volta ao discurso que o
marcou desde o início da pandemia, defendendo medidas menos restritivas
de isolamento social. “Ele aposta nesse discurso econômico, e sempre
apostou desde março, como uma espécie de vacina para o futuro porque ele
sabe que o impacto econômico da crise será muito amplo”, avaliou —
acrescentando que a proposta inicial do governo era um auxílio de R$
200, mas que o valor foi ampliado no Congresso Nacional.
O
professor Ricardo Caldas também disse que Bolsonaro tenta tirar de si a
responsabilidade pelo fechamento da economia. “O governo está dizendo
‘nós fizemos o que nós pudemos, a gente não foi responsável pelo
fechamento então a gente não pode ser culpado pela recessão'”, avaliou.
Ele também entende que o presidente tenta se prevenir contra críticas ao
desempenho econômico ou gerenciamento da crise de saúde.
“Importante
dizer que a culpa da recessão não é da política, mas do vírus e da
necessidade dos sistemas de saúde, no mundo inteiro, de serem capazes de
evitar mortes”, afirmou Thaís Herédia, analista de economia. Ela
acrescentou que, com cinco meses de distribuição, o auxílio emergencial
terá um impacto de R$ 255 bilhões aos cofres públicos.
Fonte: CNN Brasil - Publicado por: Fabricia Oliveira
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