Ex-senador defende sua delação ao dizer que informações foram fundamentais para a Lava Jato
Inclusive aquelas que, segundo o ex-senador, contribuíram para a condenação do ex-presidente Lula
Após sua delação premiada ser contestada pelo Ministério Público Federal, o ex-senador Delcídio do Amaral
encaminhou à Justiça na semana passada um calhamaço de 226 páginas em
que defende o conteúdo de sua colaboração. Na peça, os advogados dele
dizem que suas informações contribuíram para a Lava Jato, inclusive para
condenações de réus como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o pecuarista José Carlos Bumlai.
Delcídio aproveita para espinafrar o ex-procurador da República Marcello Miller, a quem acusa de armar uma farsa para incriminá-lo. Foi Miller, de acordo com o ex-senador, quem orientou Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró,
a gravar uma conversa em que Delcídio discutia meios de Cerveró
esconder do Ministério Público informações preciosas para a Lava Jato.
MARCELO ROCHA
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