Foto: Reprodução/Redes Sociais/Montagem Polêmica Paraíba
Foto: Reprodução/Redes Sociais/Montagem Polêmica Paraíba

O ex-prefeito de Zabelê (PB), Dalyson Neves, afirmou que o suposto desvio de recursos apontado pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a emenda parlamentar de R$ 3 milhões destinada à construção de um Parque Urbano no município decorre de uma “falha técnica” no plano de trabalho aprovado pelo Ministério das Cidades. A declaração ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinar que a Polícia Federal investigue indícios de irregularidades em quatro cidades do país, incluindo Zabelê, no Cariri Paraibano.

A emenda, enviada pela ex-deputada federal Edna Henrique (Republicanos), foi liberada em 2023 para viabilizar a construção do equipamento público. Em fevereiro de 2023, a prefeitura chegou a divulgar um vídeo com a projeção do parque. No entanto, auditoria da CGU identificou inconsistências no uso dos recursos, que fazem parte do antigo modelo das chamadas “emendas PIX”.

“Plano foi aprovado de forma equivocada”, diz Dalyson

Dalyson Neves alegou que o problema apontado pela CGU decorre de um erro no plano de trabalho aprovado em janeiro deste ano. Documento que, segundo ele, não incluiu o terreno onde o parque será construído.

“O plano de trabalho foi aprovado agora em janeiro e, de forma equivocada, não foi incluído o terreno para a construção do parque. Solicitamos ao Ministério a alteração do plano de trabalho para incluir o terreno e dar seguimento à obra. Estamos aguardando o ministério”, afirmou.

Ele ressaltou que existe prazo até 2028 para a execução da obra.

Ex-prefeito nega irregularidades no uso da verba

Dalyson também rebateu a suspeita de movimentações financeiras irregulares. Segundo ele, antes de 2024 não havia norma obrigando que os valores de emendas de transferência especial permanecessem na mesma conta onde a verba era creditada.

“Essas emendas PIX caem na conta da prefeitura. A prefeitura tem várias contas. Não havia legislação dizendo que o dinheiro tinha que estar naquela conta específica em que chegou. Agora em 2024, Dino mudou a regra. Antes não tinha isso”, explicou.