Vinte moradores do mesmo prédio, em João Pessoa, têm câncer em dois anos e caso vira investigação do Ministério Público da Paraíba
Um caso que chamou atenção do MPPB voltou a viralizar e gerar debates sobre a relação entre o ambiente

Um caso que chamou atenção do Ministério Público da Paraíba voltou a viralizar e gerar debates sobre a relação entre o ambiente e o aumento de doenças crônicas.
Em apenas dois anos, vinte moradores de um mesmo prédio foram diagnosticados com diferentes tipos de câncer, um número considerado atípico para uma área tão pequena.
A investigação, aberta em 2020, apurava a hipótese de que as antenas de telefonia instaladas no topo do edifício poderiam estar associadas ao aumento de diagnósticos. O procedimento foi instaurado após denúncia de moradores e resultou em solicitações de documentos, vistorias e esclarecimentos das operadoras que utilizavam o espaço para suas Estações Rádio Base.
Com mais de dez pavimentos, o edifício conta com 117 apartamentos. Segundo o síndico, 114 famílias viviam no local à época. Além das mensalidades condominiais, o prédio também recebia compensação financeira das empresas de telefonia que exploravam o topo do prédio para instalação de antenas.
De acordo com o advogado do condomínio, as antenas pertenciam a concessionárias autorizadas e devidamente licenciadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), seguindo padrões nacionais e internacionais de segurança.
A Anatel explicou que as empresas são responsáveis por realizar medições periódicas dos níveis de radiação, conforme determina a legislação brasileira e as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante a apuração, o Ministério Público citou uma tese de doutorado defendida em 2010 na Universidade Federal de Minas Gerais que relacionava o aumento de casos de neoplasias à exposição a campos eletromagnéticos de antenas de telefonia celular.
No entanto, especialistas em telecomunicações e saúde pública ressaltam que não há comprovação científica de relação direta entre as antenas e o desenvolvimento de câncer.
Fonte: Correio 24 Horas - Créditos: Polêmica Paraíba
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