Preocupada com o silêncio da mãe, a jovem pediu ajuda à tia, Maria da Luz, que foi até a residência no bairro Jardim Flórida
A porta estava destrancada. No quarto, a cena chocante: Maria Aparecida já sem vida sobre a cama. Enquanto aguardava a chegada da perícia, uma mulher desconhecida se aproximou e perguntou o que havia acontecido.

Preocupada com o silêncio da mãe, a jovem pediu ajuda à tia, Maria da Luz, que foi até a residência no bairro Jardim Flórida. A porta estava destrancada. No quarto, a cena chocante: Maria Aparecida já sem vida sobre a cama. Enquanto aguardava a chegada da perícia, uma mulher desconhecida se aproximou e perguntou o que havia acontecido.
Ela se apresentou como “Carla”, alegando ter saído com a vítima na noite anterior, após se conhecerem por um aplicativo de relacionamentos. Disse ainda que voltara à casa para pegar roupas que seriam doadas. Após permanecer por algum tempo observando a movimentação, desapareceu.
Poucos dias depois, Maria da Luz e Thayná descobriram que “Carla” era, na verdade, Ana Paula Veloso Fernandes, estudante de Direito, de 36 anos, presa sob acusação de ter envenenado quatro pessoas, entre elas Maria Aparecida.
Maria Aparecida foi a segunda morte. Em seguida, no dia 26 de abril, o aposentado Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morreu após comer uma feijoada envenenada com chumbinho, em Duque de Caxias (RJ). No local também estava Michelle Paiva da Silva, filha da vítima, presa posteriormente por participação no crime.
A quarta vítima teria sido Hayder Mhazres, de 21 anos, tunisiano que vivia em São Paulo. O jovem passou mal no condomínio onde morava, no bairro do Brás, e morreu após ingerir comida supostamente envenenada. Ana Paula estava presente, acompanhou o rapaz na ambulância e, em seguida, compareceu à delegacia para registrar o óbito.
— Ela parece sentir prazer em manipular, enganar e estar no controle da situação — afirmou o delegado, destacando que, em liberdade, Ana Paula representaria risco à vida de outras pessoas.
A análise de especialistas reforça o perfil calculista da acusada. O psiquiatra forense Talvane de Moraes afirmou que Ana Paula demonstra consciência total de seus atos, e que acionar as autoridades após os crimes pode ter sido uma estratégia para mascarar a culpa e tentar escapar da punição.
A Justiça manteve a prisão preventiva da estudante, e a investigação segue aberta para apurar se ela fez outras vítimas. O caso é considerado um dos mais chocantes e complexos da recente crônica policial de São Paulo.
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