quarta-feira, 9 de novembro de 2022

“Patriota do caminhão”

Empresário Júnior Peixoto, o “patriota do caminhão”, diz que sentiu medo: “Quando começou a desenvolver velocidade, eu estava certo que iria morrer”

Junior Peixoto, o“patriota do caminhão” Foto: Reprodução

Por cerca de seis quilômetros, o empresário Junior Peixoto, 41, percorreu a BR-232, em Caruaru (PE), pendurado em um caminhão quando realizava um protesto contra o resultado das eleições que derrotaram o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.

Inesperadamente, o empresário ficou famoso ao se tornar um dos memes mais conhecidos dos protestos. Um vídeo, gravado na rodovia, em Pernambuco, mostra Junior vestindo uma camiseta amarela e boné na mesma cor agarrado ao veículo, que furou o bloqueio na estrada.

Desde então, Peixoto ficou conhecido como “patriota do caminhão”.

Em entrevista à Folha de São Paulo ele contou que se pendurou no caminhão como uma forma de defesa, e não para tentar impedir a passagem do veículo em um bloqueio na BR-232. Ele afirmou que havia chegado ao local pouco tempo antes e que foi até lá levar refeições e água para os participantes.

“Então, quando começaram a liberar (a via) eu escutei quando o motorista colocou a marcha no caminhão. Virei para ele e acenei. Eu estava a uma distância de 2 metros do caminhão e gesticulei pedindo um pouco de paciência. Não sei se ele interpretou isso errado, pensou que iria fechar a BR novamente, e aí ele acelerou”, conta.

A versão não bate com a narrada pelo motorista no vídeo que circula nas redes sociais. Mesmo assim, o empresário diz que sentiu medo. “Quando o caminhão começou a desenvolver velocidade, eu estava certo que iria morrer. Estava convicto que aquele era o meu último dia de vida”.

Sobre a vitória de Lula (PT) Junior Peixoto afirma que prefere não comentar o resultado. “Acho um tema muito delicado para um cidadão comum, que não tem nenhum tipo de imunidade, tocar nesse assunto. Sou eleitor de Bolsonaro, se houver a oportunidade de ele pleitear uma campanha novamente, eu votarei nele, farei campanha, farei o que for possível, porque ele me representa. Mas o movimento, em si, deixou de ser por Bolsonaro. O movimento em si é pelo Brasil”, afirma.

MaisPB

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