quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Mesmo cassado, ex-vereador elege o pai e a irmã deputados

Gabriel Monteiro comemora vitória do pai, para Câmara dos Deputados, e da irmã para Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Jorge de Mello

Ex-vereador Gabriel Monteiro com a família eleita nas eleições de 02 de outubro - Foto: Reprodução


Rio - Cassado pela Câmara do Rio, o ex-vereador Gabriel Monteiro mostrou força ao conseguiu eleger o pai e a irmã nas eleições disputadas no domingo, 02 de outubro. Roberto e Giselle Monteiro, ambos do Partido Liberal, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro, tiveram votações expressivas e garantiram vagas na Câmara Federal e na Alerj, respectivamente.

Em um vídeo publicado nas redes sociais do ex-PM, Gabriel aparece celebrando ao lado dos dois familiares, agora eleitos. "Foi a campanha mais rápida do Rio de Janeiro. Meu pai teve 15 dias de campanha. Minha irmã um pouco mais que isso. Políticos vagabundos que acharam que tinham acabado com a minha carreira, podem esperar: Vamos virar um trio de fiscalizadores. A Justiça vai reconhecer que fui covardemente retirado de lá. E parceiro, pode esperar o que vou fazer com os corruptos e funcionários fantasmas. Deus venceu", disse o youtuber.

Roberto Monteiro, pai de Gabriel, foi o sexto deputado federal mais votado pelo Rio, com 94.221 votos válidos. Já a irmã do ex-PM, Giselle Monteiro, conseguiu um resultado ainda mais expressivo que o pai, fechando a apuração com 95.028 votos e alcançando a décima posição entre os candidatos mais votados para deputado estadual.

Após ter a candidatura à Câmara dos Deputados impugnada pela Justiça, Gabriel anunciou o pai como seu "substituto" no dia 12 de setembro, faltando menos de menos de três semanas para o pleito. A curta campanha foi majoritariamente feita pela internet e contou apoio de aliados dentro do PL. Ao contrário do pai, que substituiu o ex-PM às pressas, Giselle já estava na disputa desde o início do período eleitoral.

Cassado

O ex-vereador foi acusado de filmar e divulgar cenas de sexo com uma adolescente, além de assédio moral e sexual contra ex-assessores e manipulação de vídeos. Em julho deste ano, Gabriel Monteiro se tornou réu por importunação sexual e assédio sexual, e teve o mandato cassado um mês depois, após um enfrentar um processo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro.
*Estagiário, sob supervisão de Raphael Perucci

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