quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Dom Orlando Brandes, arcebispo implacável contra Bolsonaro

SEM TRÉGUA: Arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes criticou governo Jair Bolsonaro todos os anos em 12 de outubro

Dom Orlando Brandes
Dom Orlando Brandes durante missa de 12 de outubro em 2020 – (Thiago Leon / Santuário Nacional de Aparecida/Divulgação)

O arcebispo Dom Orlando Brandes, que na missa do dia 12 de outubro em homenagem a padroeira do Brasil criticou Jair Bolsonaro (sem partido), se manifestou contra o presidente em todos os “12 de outubro” desde que assumiu o governo.

Em 2019, também em missa, ele reprovou o que chama de “dragão do tradicionalismo”. À época, afirmou que “a direita é violenta e injusta”.

Em 2020, ele criticou impunidade no Brasil e pediu que salvassem a extinta Lava Jato, que segundo Bolsonaro “acabou porque não tinha mais corrupção no governo”.

Agora em 2021, sem citar o nome do presidente, o bispo afirmou: “Para ser pátria amada não pode ser pátria armada”. O religioso ainda lembrou dos 600 mil mortos e criticou as fake news.

Direita Violenta

“Aquele dragão, que ainda continua, estão sendo facilitados agora os caminhos do dragão da corrupção, que tira o pão da nossa boca e aumenta as desigualdades sociais, que a mãe não pode ficar alegre com filhos desempregados, com filhos sofrendo uma violência injusta, com filhos e filhas não tendo nem como sobreviver cada dia, talvez até a cada minuto da vida. Dragão é o que não falta, mas a fé vence”, afirmou o bispo em 2019.

Lava Jato

Dom Orlando Brandes disse em 2020 que a” impunidade está voltando ao Brasil”. Após a celebração da missa de comemoração do dia padroeira brasileira, o bispo afirmou a jornalistas que estava se referindo à Operação Lava Jato.

“Quanto à impunidade aqui, com tudo o que aconteceu com a Lava Jato, está claríssimo que está voltando e que deveríamos saudar a Lava Jato por que estávamos vencendo o dragão da corrupção, que não deve voltar. Não somos dignos de sermos escravizados pela corrupção. A repressão foi forte, mas o poder é escravizador e ainda se faz presente num momento como o nosso.”

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