O arcebispo Dom Orlando Brandes
O arcebispo Dom Orlando Brandes - Foto: Reprodução

O arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes, que na missa do dia 12 de outubro em homenagem a padroeira do Brasil criticou Jair Bolsonaro, já se manifestou contra o presidente em 2019. No ano em questão, também em missa, ele reprovou o que chama de “dragão do tradicionalismo”. À época, afirmou que “a direita é violenta e injusta”.

“Aquele dragão, que ainda continua, estão sendo facilitados agora os caminhos do dragão da corrupção, que tira o pão da nossa boca e aumenta as desigualdades sociais, que a mãe não pode ficar alegre com filhos desempregados, com filhos sofrendo uma violência injusta, com filhos e filhas não tendo nem como sobreviver cada dia, talvez até a cada minuto da vida. Dragão é o que não falta, mas a fé vence”, afirmou.

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No ano passado, no mesmo evento, o arcebispo se manifestou sobre as queimadas na Amazônia e no Pantanal. “Não deixai que nosso Brasil se perca nas chamas. O Pai disse assim: Faça-se as árvores e o homem ganancioso disse cortemos as árvores”, disse.

No Dia de Nossa Senhora Aparecida deste ano, Dom Orlando Brandes criticou o presidente sem citar seu nome

Em sermão na missa de Nossa Senhora Aparecida, agora em 2021, o arcebispo Dom Orlando Brandes fez críticas a Jair Bolsonaro. Sem citar o nome do presidente, ele afirmou: “Para ser pátria amada não pode ser pátria armada”. O religioso ainda lembrou dos 600 mil mortos e criticou as fake news.

“Para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira”.

Ele ainda exaltou a vacina contra Covid-19 e a ciência durante o sermão. Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina sim, ciência sim e Nossa Senhora Aparecida junto salvando o povo brasileiro”, prosseguiu.

Mesmo sem citar nomes, sabe-se para quem é o recado.

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