domingo, 2 de maio de 2021

Tratando de um câncer, prefeito tucano decide se licenciar do cargo

Com câncer no sistema digestivo, Bruno Covas decide se licenciar do cargo de prefeito de São Paulo

O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumirá a maior prefeitura do país


Com câncer no sistema digestivo, Bruno Covas decide se licenciar do cargo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decidiu se licenciar do cargo. Ele está se tratando de um câncer no sistema digestivo com metástase óssea. O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumirá a maior prefeitura do país.

Covas deixou o hospital na semana passada, e está sendo medicado em casa. Sua condição é considerada delicada pelos médicos que o atendem. Ele tem recebido alimentação venosa.

Ele foi tratado com quimioterapia e imunoterapia, mas a doença avançou no começo deste ano. Reeleito no segundo turno em novembro passado, o tucano vinha despachando do hospital e de casa, mas agora seu estado inspira mais cuidados.

Nunes, que era vereador, é ligado ao grupo do poderoso presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM). Entre tucanos, sua ascensão é vista com reservas, em especial da hipótese de o afastamento de Covas se estender.

No Palácio dos Bandeirantes, contudo, a avaliação do governo João Doria (PSDB), fiador de Nunes na chapa com Covas em nome de uma aliança maior para 2022, o vice tem recebido elogios por seu desempenho em reuniões e ações recentes na prefeitura.

Segundo boletim médico divulgado por sua assessoria na semana passada, o tratamento oncológico do prefeito, com um novo protocolo de quimioterapia em conjunto com imunoterapia, continuaria a ser feito, com aplicações de 48 horas a cada duas semanas.

Mas as sessões quinzenais de tratamento a que o prefeito vai se submeter, que deveriam começar já neste fim de semana, foram adiadas. A equipe médica achou melhor esperar os resultados de novos exames e diz esperar retomá-las nesta semana.

O câncer do prefeito originou-se na cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado. Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas.

Entre outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram por completo.

Em fevereiro, um novo nódulo no fígado foi descoberto. Na ocasião, a equipe médica disse que o câncer no sistema digestivo que ele trata desde 2019 conseguiu "ganhar terreno", mas que ainda era menor do que o primeiro encontado há dois anos atrás.

No último dia 16, os médicos anunciaram que exames detectaram o surgimento de novos focos de câncer no fígado e ossos do prefeito.

Notícias ao Minuto

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