Com câncer no sistema digestivo, Bruno Covas decide se licenciar do cargo de prefeito de São Paulo
O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumirá a maior prefeitura do país
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decidiu se licenciar do cargo. Ele está se tratando de um câncer no sistema digestivo com metástase óssea. O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumirá a maior prefeitura do país.
Covas
deixou o hospital na semana passada, e está sendo medicado em casa. Sua
condição é considerada delicada pelos médicos que o atendem. Ele tem
recebido alimentação venosa.
Ele foi tratado com
quimioterapia e imunoterapia, mas a doença avançou no começo deste ano.
Reeleito no segundo turno em novembro passado, o tucano vinha
despachando do hospital e de casa, mas agora seu estado inspira mais
cuidados.
Nunes, que era vereador, é ligado ao grupo do
poderoso presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM). Entre
tucanos, sua ascensão é vista com reservas, em especial da hipótese de o
afastamento de Covas se estender.
No Palácio dos
Bandeirantes, contudo, a avaliação do governo João Doria (PSDB), fiador
de Nunes na chapa com Covas em nome de uma aliança maior para 2022, o
vice tem recebido elogios por seu desempenho em reuniões e ações
recentes na prefeitura.
Segundo boletim médico divulgado por
sua assessoria na semana passada, o tratamento oncológico do prefeito,
com um novo protocolo de quimioterapia em conjunto com imunoterapia,
continuaria a ser feito, com aplicações de 48 horas a cada duas semanas.
Mas
as sessões quinzenais de tratamento a que o prefeito vai se submeter,
que deveriam começar já neste fim de semana, foram adiadas. A equipe
médica achou melhor esperar os resultados de novos exames e diz esperar
retomá-las nesta semana.
O câncer do prefeito originou-se na
cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado.
Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se
de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas.
Entre
outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de
quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram
por completo.
Em fevereiro, um novo nódulo no fígado foi
descoberto. Na ocasião, a equipe médica disse que o câncer no sistema
digestivo que ele trata desde 2019 conseguiu "ganhar terreno", mas que
ainda era menor do que o primeiro encontado há dois anos atrás.
No último dia 16, os médicos
anunciaram que exames detectaram o surgimento de novos focos de câncer
no fígado e ossos do prefeito.
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