terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Liberação de insumos para fabricação de vacina contra a Covid-19

China libera exportação de 5,4 mil litros de insumos para fabricação da vacina CoronaVac no Brasil

x91320400 CI Rio de Janeiro RJ 23 01 2021Vacina AstraZeneca Oxford sendo aplicada na sede daFiocr.jpg.pagespeed.ic .oW y3tBw42 1024x615 - China libera exportação de insumos para fabricação da CoronaVac no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (25) em uma rede social que a Embaixada da China no Brasil informou que estão liberados para exportação 5,4 mil litros de insumos necessários para a fabricação da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Em carta ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o embaixador chinês Yang Wanming confirmou a liberação dos 5,4 mil litros de insumos.

“Venho pela presente cumprimentá-lo e, em continuidade da nossa conversa no dia 21 do mês corrente, aproveito para informar que a exportação ao Brasil do novo lote dos 5.400 litros dos insumos da CoronaVac acabou de ser autorizada pelos órgãos competentes da China. Espera-se que a sua chegada ao Brasil ocorra nos próximos dias”, diz o texto da carta.

Após a publicação de Bolsonaro na rede social, Wanming escreveu mensagem na mesma rede: “A China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar o Brasil neste combate dentro do seu alcance. A União e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia”.

De acordo com o presidente, os insumos que serão utilizados para a produção da Coronavac já estão em uma “área aeroportuária” prontos para serem enviados ao Brasil.

“A Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5.400 litros de insumos para a vacina Coronavac foi aprovada e já estão em área aeroportuária para pronto envio ao Brasil, chegando nos próximos dias”, escreveu Bolsonaro.

O Butantan depende da liberação de uma nova remessa de insumos da China para retomar o envase de doses da CoronaVac em São Paulo, afirmou na segunda-feira (18) o diretor-presidente do instituto, Dimas Covas.

Na semana passada, o governo de São Paulo já previa receber nesta semana os 5,4 mil litros, que permitirão a produção de 5,5 milhões de doses da vacina, segundo informou o blog de Julia Duailibi. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que se reunirá com o embaixador chinês nesta terça-feira (26) para tratar do assunto.

Junto à mensagem que escreveu, Bolsonaro postou uma foto ao lado do presidente da China, Xi Jinping.

O presidente afirmou ainda que os insumos necessários para a fabricação da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, desenvolvida no Brasil em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, estão com a “liberação sendo acelerada”.

Bolsonaro agradeceu a “sensibilidade” do governo da China e também aos ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores; Eduardo Pazuello, da Saúde; e Tereza Cristina, da Agricultura.

Bolsonaro questionou CoronaVac

Antes da aprovação do uso emergencial da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Bolsonaro questionou diversas vezes a eficácia da CoronaVac devido à origem chinesa.

Em outubro, o presidente chegou a suspender um acordo entre o Ministério da Saúde e o Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac.

“Tudo será esclarecido ainda hoje. Não compraremos a vacina da China”, respondeu o presidente a uma apoiadora que pedia a exoneração do ministro Eduardo Pazuello por ter fechado o acordo de compra da vacina.

Na ocasião, em uma rede social, o presidente chamou a CoronaVac “de vacina chinesa de João Doria” e disse que os brasileiros não seriam “cobaia” de ninguém.

O Instituto Butantan é ligado ao governo paulista chefiado por Doria, um dos principais adversários políticos de Bolsonaro, e fechou parceria com a Sinovac e vai produzir a CoronaVac no Brasil.

Em novembro, o presidente disse em uma rede social que a vacina causava “morte, invalidez, anomalia”. A declaração foi feita em uma rede social ao comentar a interrupção dos testes da vacina em decorrência da morte de um dos voluntários. A morte do voluntário não ocorreu por causa da vacina.

“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro à época.

Na última sexta-feira (22), Bolsonaro afirmou que a vacina “não está comprovada cientificamente”. A afirmação não é verdadeira. A eficácia e a segurança da CoronaVac foram comprovadas em ensaios clínicos conduzidos no Brasil.

Fonte: G1 - Publicado por: Fabricia Oliveira

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