Minha única opção é lutar pela vida, diz o prefeito de São Paulo Bruno Covas
Enquanto faz tratamento contra tumor agressivo, o prefeito mantém as rédeas da gestão e anuncia projetos para a cidade
Uma semana depois do término da primeira sessão de quimioterapia para conter um câncer no trato digestivo, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas,
39, não sofre os efeitos muitas vezes devastadores da medicação. No
lugar de tonturas e náuseas, sente um gosto permanente de remédio no céu
da boca, fato que não lhe tira o paladar. No domingo (3), na companhia
do amigo Fernando Padula, foi a um dos restaurantes do Hospital
Sírio-Libanês, onde está desde 23 de outubro, e comeu cafta com
coalhada. Como os médicos liberaram sua dieta sem restrições, Bruno tem
recebido vários mimos no quarto, de esfiha a comida japonesa, um de seus
pratos favoritos. Outra coisa que não tem faltado são visitas, mais de
100 por dia. A maioria é barrada na portaria por um dos quatro
assessores de plantão destacados para garantir o sossego do prefeito —
foi o que ocorreu com o vereador Eduardo Suplicy (PT), que esteve no
local para entregar um exemplar de seu persistente “renda mínima”. O
ex-governador Geraldo Alckmin teve tratamento diferente. Ao lado da
esposa, Lu, passou cerca de meia hora com o paciente na sexta (1º) e
levou de presente um livro de citações. “Gostei do oratório que montou.
Brinquei dizendo que só falta o altar”, conta Alckmin, referindo-se às
imagens de santos e personagens religiosos enviadas recentemente.
Quem consegue
acesso a Covas (há sempre dois seguranças na porta do quarto) tem de
respeitar algumas determinações: limpar as mãos com álcool em gel e não
ultrapassar o tempo estabelecido pelo secretário executivo Gustavo
Pires, responsável pela agenda do tucano desde que ele assumiu a
prefeitura, em abril de 2018. Ocorrem algumas exceções, como a da última
quinta-feira de outubro, quando 23 amigos do prefeito chegaram
praticamente no mesmo instante para uma visita. Todo mundo foi atendido.
“Veio gente de Santos, da escola, das faculdades em que estudei (USP e
PUC). Esse carinho me ajuda muito”, diz o gestor da cidade, que recebeu a
reportagem da Vejinha na terça-feira (5) pela manhã, vestindo bermuda,
camisa de linho e meiões para o tratamento da trombose. Apresentando bom
humor, mas um certo desconforto por estar há muitos dias em um ambiente
hospitalar, o tucano tem sempre a companhia da mãe, Renata Covas Lopes,
64, que não desgruda do filho desde o primeiro dia de internação. Filha
do ex-governador Mário Covas, Renata dorme em um sofá-cama em uma
salinha no quarto do prefeito. O pai, Pedro, que mora em Santos, e o
irmão, Gustavo, que reside em São Paulo, também estão ao seu lado.
Divorciado, Bruno recebe a visita diária do filho, Tomás, de 14 anos,
sempre depois da escola, no fim da tarde.
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O ex-governador Geraldo Alckmin, com a esposa: livro de presente - (Gildson Di Souza/Divulgação) |
A rotina do número 1 da cidade mudou totalmente desde o dia 23 de
outubro, quando foi internado para tratar de uma erisipela (infecção na
pele). Aos poucos ele foi recebendo notícias cada vez mais
desagradáveis. Primeiro foi diagnosticada uma trombose na perna direita,
depois, uma embolia pulmonar e, posteriormente, um câncer na cárdia,
região de transição entre o estômago e o esôfago, com metástase no
fígado e nos linfonodos. Nesse momento, antes que a notícia fosse
divulgada por sua assessoria, Covas ligou para a mãe. Na sequência,
pegou o celular e disparou uma mensagem. “Amigos, após vários exames
apareceu um tumor no sistema digestivo”, escreveu. “Conto com o apoio de
todos vocês para vencer mais esse desafio.” Desde então, sua rotina
mudou.
O dia a dia de Covas no hospital começa por volta das 7 da manhã e é
baseado em três premissas: trabalho, tratamento e uma certa dose de
diversão, não necessariamente nessa ordem. Nas horas vagas, ele tem
aproveitado para pôr em dia suas séries favoritas. Atualmente está
assistindo a duas: Peaky Blinders, na Netflix, e O Conto da Aia,
no NOW. A música, presente em sua vida desde a adolescência, também o
acompanha no período atual. Da caixa de som ele ouve, via Bluetooth,
clássicos do rock, como Black Sabbath e AC/DC.
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Imagens de santos que chegaram de vários cantos da cidade: fé na cura - (Marcelo Justo/Veja SP) |
No quesito trabalho, como optou por não licenciar-se da administração
municipal (“não há espaço para escolha”), o prefeito determinou que
todo o programa da gestão seja levado adiante. No dia a dia, Bruno lança
mão de um tablet para assinar digitalmente toda a papelada da
burocracia estatal, de nomeações e exonerações a pareceres e
concretização de processos. “Sem o tablet, eu precisaria de um carrinho
para carregar os papéis que o prefeito tem de assinar todos os dias”,
afirma o chefe de gabinete, Vitor Sampaio. Por meio do equipamento,
utilizado há cerca de dois meses, Covas também pode participar de
videoconferências com seus subordinados. Diariamente, cinco ou seis
secretários despacham com o chefe pessoalmente no hospital. O restante
das demandas é desenrolado por WhatsApp. Quando há a necessidade de uma
parada para avaliações médicas ou realização de procedimentos, o
trabalho fica em segundo plano. “A prioridade é o tratamento.”
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Eduardo Tuma, presidente da Câmara: “Bruno não vai se afastar” - (Fernando Morais/Veja SP) |
A despeito de a mudança de logística ser tratada como algo
administrável, algumas rusgas antigas ganharam mais volume. Homem forte
da gestão municipal, com o ingrato desafio de fazer a morosa máquina
pública andar, o secretário de Governo, Mauro Ricardo, é alvo de
críticas nos bastidores. Detentor da “tesoura” e responsável por cortes
financeiros, Ricardo é visto por alguns colegas como uma pessoa difícil e
dura demais. O prefeito contemporiza, e acredita que o profissionalismo
do secretário e as circunstâncias atuais fizeram a turma se readequar
às condições. “A fase de aperto financeiro acabou, e agora vamos cobrar o
cumprimento das metas”, explica Covas. Até o anúncio da doença, a
aprovação da gestão do prefeito exibia números pouco animadores.
Pesquisa do Instituto Paraná, em setembro, mostrava que 43% dos
paulistanos consideravam esta administração ruim ou péssima, em
comparação com apenas 20,4% que a classificavam como ótima ou boa.
Quando ele assumiu o cargo, no ano passado, sete entre dez paulistanos
diziam não conhecê-lo.
No ano que vem, a cidade verá o cofre mais cheio para a realização de
obras e entrega de grandes obras. Com orçamento de 68,9 bilhões de
reais, 13,9% maior do que o deste ano, a administração tucana pretende
apostar em inaugurações para construir uma marca. Entre as de maior
visibilidade estão alguns projetos esquecidos, como a reforma de 43
quilômetros de corredores de ônibus, a recuperação de cinquenta viadutos
e o investimento de 1,5 bilhão de reais em recapeamento, esse último o
preferido de dez em cada dez prefeitos em ano eleitoral.
No campo das desestatizações, promessa do ex-prefeito João Doria,
está a concessão do Autódromo de Interlagos e dos cemitérios. Nenhum
projeto deverá fazer tanto barulho como a chamada Reestruturação da
Administração Indireta, que será enviada à Câmara Municipal ainda em
2019. A proposta prevê a extinção de dez órgãos, como a Autoridade
Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), a São Paulo Turismo (SPturis), o
Ilume (responsável pela iluminação pública) e a Fundação Theatro
Municipal. “A economia potencial para a cidade será de mais de 120
milhões de reais por ano”, promete o prefeito. “Os cargos comissionados
serão extintos e os servidores concursados, realocados”, explica.
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Bruno, assim que assumiu a prefeitura de São Paulo, em 2018: Covas e Covas - (Leo Martins/Veja SP) |
Outra questão a ser tratada com todo o cuidado é um possível
afastamento de Bruno no ano que vem para algum procedimento visando à
recuperação de sua saúde. Como será ano eleitoral e a cidade não dispõe
de vice-prefeito (Covas era vice de Doria, que virou governador), quem
assumir o mandato, a partir de abril, mesmo de forma temporária, não
poderá concorrer ao mesmo cargo. Ou seja, se aceitar a vaga de Covas, o
atual presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma (PSDB), que pode ter o
posto renovado no fim do ano (o Legislativo tem eleições anuais para
presidente), estaria impedido de se candidatar a vereador. Só poderia
concorrer ao posto de prefeito. “O Bruno é meu amigo pessoal e tenho
certeza de que ele não vai precisar deixar a prefeitura para realizar o
tratamento”, desconversa Tuma. Se nenhum membro da Mesa Diretora se
dispuser a assumir a empreitada, a gestão municipal terá de ficar a
cargo de um membro do Judiciário que atue na cidade.
Enquanto a posse da chave da metrópole pode entrar em discussão a
partir de abril, os candidatos às eleições de outubro começam a
aparecer. O ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD), que abandonou o PSDB com
a chegada de João Doria, se coloca na boca da urna desde já. “Vou
disputar a eleição com o Bruno Covas, por isso torço por sua plena
recuperação.” Outro postulante que se lançou à sucessão tem uma missão
mais difícil. O deputado estadual Arthur do Val (DEM), conhecido como
Mamãe Falei, precisa primeiro se acertar com seu partido. “Não posso
sair da legenda, sob risco de perder o mandato”, diz, referindo-se à lei
de fidelidade partidária, que veta a troca de legenda no meio do
mandato. Outros pré-candidatos que estão na mesma situação são Joice
Hasselman (PSL), que deixou de fazer parte da ala bolsonarista, e o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo). Procurados, os dois
últimos não se pronunciaram.
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Cavalcante (à esq.) e Bruno Covas: treinos para a nova realidade - (Arquivo Pessoal/Reprodução/Veja SP) |
Ao passo que se preocupa com o futuro de sua saúde e com o dia a dia
da cidade, Bruno Covas faz planos para quando voltar ao batente no
Edifício Matarazzo. Por recomendação do médico David Uip, ele terá de
pôr o pé no freio da agenda pública, principalmente se o corpo clínico
decidir-se por mais sessões de quimioterapia (a princípio serão três),
radioterapia e eventual cirurgia. “Ele não deve ficar em lugares com
aglomerações e precisa fugir das grandes movimentações”, diz Uip.
Ex-gordinho (pesava mais de 100 quilos até três anos atrás, antes de
mudar radicalmente de vida e de estilo — os cabelos foram embora junto
com o excesso de peso), Covas praticava esporte cinco vezes por semana.
“O Bruno é muito forte, um colosso, e muito bem focado. Eu ia ao
gabinete dele e via latas de atum em cima da mesa”, afirma o personal
trainer Juliano Cavalcante, que costuma postar em suas redes sociais os
exercícios do cliente e amigo, seja na academia, nos Jardins, seja em
parques, como o Ibirapuera. “Agora vamos manter uma atividade mais leve.
Os exercícios vão auxiliá-lo nesse processo difícil.”
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O prefeito (à esq.), ao lado do avô e do irmão: infância em Santos - (Arquivo Pessoal/Reprodução/Veja SP) |
Nascido e criado em Santos, o prefeito é formado em direito pela USP e
em economia pela PUC. Ele é o neto mais velho de Mário Covas, que foi
prefeito, governador e senador. Na infância, o menino fazia campanha
para o avô (levou bexigas para a escola durante a campanha ao Senado, em
1986). A relação de ambos se estreitou quando o rapaz, então com 14
anos, foi morar no Palácio dos Bandeirantes. Residiu com o avô até 2001,
quando ele morreu, de câncer. Tendo herdado a prefeitura de Doria, em
2018, o neto do velho Covas tentava até agora tornar- se conhecido dos
paulistanos. Isso ocorreu da pior forma possível, dada a grande
exposição trazida pela doença. “Minha única opção é lutar pela vida.”
De frente com Bruno
O prefeito de São Paulo afirma que não pensou em deixar a gestão
O senhor cogitou esconder a doença em um primeiro momento?
Não, de forma nenhuma. A população de São Paulo tem o direito de saber o
que acontece com o prefeito desta cidade. Recebi o diagnóstico de uma
doença, não uma sentença de morte.
E aventou a possibilidade de se afastar para se tratar?
Não tive espaço para escolhas desse tipo. Se tenho condição física,
tenho de ficar na prefeitura. Se não tenho, aí sim necessito sair para
me tratar. Preciso ocupar minha cabeça com o trabalho.
Como lida com os comentários de que seu tratamento deveria ser custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)?
Isso é uma grande bobagem. Ninguém reclama quando eu pago meu plano de
saúde todo mês. Além disso, se eu fosse para o SUS, tiraria a vaga de
alguém que precisa de tratamento gratuito. É como obrigar o filho do
político a ir para escola pública ou comer no Bom Prato.
O presidente Jair Bolsonaro ligou ou mandou mensagem? Não.
Faz falta? (Silêncio) Deixo essa opinião para você (risos).
E o governador João Doria? Ele liga todo dia e
manda várias mensagens. Aliás, ele manda tanto vídeo do seu dia a dia no
governo que eu fico olhando para ver se tem alguma mensagem para mim no
meio de tudo.
Dá para responder a todas as mensagens que chegam?
Recebo muita mensagem. De gente próxima, não tão próxima. Do pessoal da
faculdade, do pessoal com quem convivi em época em que eu não era nada.
Tem quem mande mensagem todo dia. Isso é muito gratificante.
Do que o prefeito Bruno Covas mais sente falta preso no hospital? Da rua, do contato com a população, de inaugurar uma unidade de saúde. É reconfortante ver as pessoas de perto.
E no caso do cidadão Bruno? De ficar com meu filho.
O senhor virou um atleta nos últimos anos. Como está sem poder fazer exercícios no hospital?
Faço fisioterapia uma vez por dia. Dou uma volta no corredor, faço um
alongamento, mais para não ficar parado. Na volta para casa eu poderei
fazer caminhada, bicicleta, esteira. Só preciso evitar colisões. Também
não poderei carregar peso, por recomendação dos médicos.
Vai poder ir a inaugurações? Não poderei sofrer
sangramento, nem fazendo a barba com lâmina, terei de usar apenas
maquininha. Em vez de ir à inauguração, posso visitar a obra antes. Em
atividades externas, por causa da imunidade baixa, o recomendado é que
não haja muita gente.
De todas as santas e imagens que o senhor recebeu no hospital, existe alguma pela qual tenha devoção especial? Não. Gosto de todas. Mas nos próximos dias várias lideranças religiosas virão aqui me visitar.
Pretende fazer alguma promessa? Calma, ainda não. Deixe-me reagir ao tratamento primeiro, depois a gente agradece.
Segundo estatísticas, o tipo de câncer que acomete o senhor tem chances menores de cura. Como lidar com isso? O médico disse que tenho um câncer para tratar, não que eu tenho tanto tempo de vida. Nesse meio tempo pode acontecer de tudo.
O senhor tem medo da morte? Claro, quem não tem? É natural.
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22 cemitérios foram concedidos à iniciativa privada - (Leo Martins/Veja SP) |
Apostas para 2020
A prefeitura anuncia (e desanuncia) projetos para o próximo ano eleitoral
Cemitérios privados
Aprovada em agosto deste ano na Câmara, a concessão dos 22 cemitérios
municipais deverá durar 35 anos. Quem assumir ficará responsável por
gerir, operar e fazer a manutenção dos espaços, divididos em quatro
lotes, incluindo os crematórios públicos.
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Prometido o fechamento parcial do Minhocão - (Germano Lüders/Veja SP) |
Era uma vez um Parque Minhocão
Prometido para o fim do ano que vem, o fechamento parcial do Elevado
Presidente João Goulart não vai mais ocorrer. Agora, a gestão Covas
promete construir os cinco acessos previstos e aumentar o alambrado. Nos
fins de semana, quando o espaço é fechado para carros, estruturas
temporárias, como bancos, serão instaladas. Para o ano que vem, a
promessa é anunciar a concessão da parte de baixo e destiná-la a
comércios, como bares e lanchonetes.
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Praça revitalizada é uma das promessas - (Reinaldo Canato/Veja SP) |
Um Arouche remodelado
As obras de revitalização do espaço deverão ser concluídas nos
próximos meses. O projeto prevê a reforma e o nivelamento da calçada,
além da instalação de bancos, bebedouros, lixeiras e paraciclos. Com um
custo de 3,8 milhões de reais, a empreitada é tocada pela empresa Egis. O
mercado das flores ficou de fora da renovação por falta de verba.
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Expansão do entorno do Interlagos será feita com concessão - (Bruno Niz/Veja SP) |
Autódromo de Interlagos
Em vez de vender o espaço, inaugurado em 1940, a prefeitura decidiu
conceder a área por 35 anos. No terreno, de 1 milhão de metros
quadrados, maior que o Parque Villa-Lobos, a empresa poderá construir
hotel ou shopping, desde que mantenha as pistas. O contrato deverá ser
assinado em 2020.
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Mercadão terá administração privada - (Wsfurlan/Getty Images) |
Mercadão com outro dono
O Mercado Municipal Paulistano, o popular Mercadão, no centro, deverá
ser repassado à iniciativa privada por um período de 25 anos. O preço
mínimo do leilão, que inclui o Mercado Kinjo Yamato, na mesma região, é
de 26 milhões de reais. A expectativa é que o novo dono assuma os
espaços já em 2020.
Outras promessas
12 Centros Educacionais Unificados (CEUs)
2 hospitais (Brasilândia e Parelheiros
25 000 novas moradias
35 000 vagas em creches
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 13 de novembro de 2019, edição nº 2660.
Veja - Por Sérgio Quintella
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