Bruno Covas, prefeito de São Paulo, é diagnosticado com câncer maligno no trato digestivo
O
prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi diagnosticado com
adenocarcinoma, um tipo de câncer maligno, situado na região do cardia,
na transição do esôfago para o estômago. Através de exame pet
scan realizado no último domingo (27), ainda foi descoberta uma
metástase no fígado e uma lesão no linfonodo. Ele está internado desde a
quarta-feira (23) no Hospital Sírio-Libanês.
Ele
também realizou no domingo uma videolaparoscopia — procedimento
cirúrgico para visualizar a cavidade abdominal e aprofundar o
diagnóstico.
O prefeito deu entrada no dia 23 para o tratamento de
uma erisipela. Na sexta-feira (25), ele foi diagnosticado com trombose
venosa das veias fibulares e exames subsequentes diagnosticaram
tromboembolismo pulmonar.
Em coletiva de imprensa concedida nesta
segunda-feira (28), a equipe médica informou que Bruno passará por
tratamento quimioterápico.
De acordo com o médico infectologista
David Uip, o prefeito está bem fisicamente e emocionalmente. “Ele está
ótimo, não tem sintomas, está animado, disposto e confiante”. O médico
ainda completou que os achados vieram de uma investigação proativa. “Ele
não tem qualquer sintoma, jamais apresentou qualquer sintoma digestivo,
não emagreceu, foi realmente um achado de sorte”, disse Uip.
Segundo
o médico cardiologista Roberto Kalil, a investigação se deu por conta
de um protocolo de investigação quando há o quadro do tromboembolismo.
“Um
paciente com uma trombose em um membro inferior, jovem, pesquisamos
outras causas além do simples fato de ser postural, ficar com a perna
muito para baixo, e não é o caso dele que é muito ativo. Então faz parte
da investigação de embolia de pulmão em jovem procurar neoplasia e
feita a tomografia já mostrou uma lesão no estômago. A completamentaçao
dos exames confirmou o diagnóstico”, explicou o cardiologista.
O médico cirurgião
digestivo Raul Cutait explicou que a lesão é totalmente assintomática.
“A lesão não chegou a trazer nenhuma dificuldade para alimentação,
deglutição nesse sentido. Há um linfonodo que está adjacente e um único
nódulo hepático. Nessas condições o tratamento de escolha é o tratamento
quimioterápico, por meio desse exame se pode englobar a doença toda ao
mesmo tempo”.
Tratamento
Segundo o oncologista clínico Tulio Eduardo Pfiffer o tratamento será
intenso. “Como ele é jovem, forte e motivado, vamos optar por um
tratamento de quimioterapia mais intenso, envolvendo três remédios,
infusional, que dura em torno de 36 horas cada ciclo. A média de um
ciclo a cada duas semanas. O tratamento é eficaz e os resultados
clínicos cada vez melhores”.
De acordo com o médico David Uip,
Covas fica internado pelo menos até o fim da semana e por enquanto vai
despachar do hospital. A equipe explicou que o tratamento poderia ser
feito de forma ambulatorial, mas como ele está internado para tratar a
embolia já iniciará o tratamento quimioterápico no hospital.
Não
há previsão que ele deixe o cargo para realizar a quimioterapia. ” Ele
disse para mim que tem a responsabilidade de ficar no cargo enquanto
possível e terá a responsabilidade de deixar o cargo se precisar”, disse
o médico David Uip.
Bruno Covas, que tem 39 anos, está no cargo
desde abril de 2018, quando o então prefeito João Doria renunciou para
disputar a eleição ao governo do estado.
Fonte: Agência Brasil - Publicado por: Fabricia Oliveira
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