MILIONÁRIAS, CRIMINOSAS E NÃO EXISTEM: Irmãs fictícias descobertas por Operação Famintos foram denunciadas por sonegação fiscal – ENTENDA CASO
A
Operação Famintos, deflagrada pelo Ministério Público Federal e Polícia
Federal, apura fraudes em licitações e desvios na merenda escolar de
Campina Grande. Mas o esquema criminoso promete mais reviravoltas.
A
empresária Delmira Feliciano Gomes, dona da empresa distribuidora de
merenda escolar Delmira Feliciano Gomes ME, investigada na Operação
Famintos é fictícia. E tinha uma irmã também fictícia, de acordo com a
denúncia do MPF apresentada à Justiça, Darliane Feliciano Gomes.
Darliane, segundo o MPF, seria uma das responsáveis pela empresa HNM
Comércio de Alimentos LTDA, que foi aberta no dia 10 de novembro de 2011
e teria recebido de lá para cá mais de R$ 1,7 milhão de prefeituras do
Estado, ganhando 18, das 20 licitações que participou.
Hoje
uma nova descoberta: Darliane Feliciano Gomes chegou a ser multada pela
Receita Estadual, denunciada pelo Ministério Público e teve a prisão
preventiva decretada pela Justiça, antes da Operação Famintos.
O
processo transcorreu na 1ª Vara Criminal de Campina Grande. Nele,
Darliane foi denunciada por sonegar R$ 1 milhão em impostos, juntamente
com o sócio Azuilo Santana de Araújo Filho. Os dois seriam proprietários
da empresa HNM.
A denúncia foi apresentada contra os dois, pelo
Ministério Público estadual, no dia 24 de novembro de 2017. Na época,
jamais se imaginaria que dois anos depois as investigações da Operação Famintos
revelariam que Darliane jamais existiu. Naquele tempo, também, as
diligências realizadas pelo MP e pelo Judiciário não foram capazes de
identificar a fraude.
Como não foi encontrada a empresária foi
citada por edital, junto com o seu sócio. O processo chegou a ser
suspenso, com base no artigo 366 do Código de Processo Penal. Tempos
depois, Azuilo Santana apareceu e conseguiu provar que detinha uma
pequena participação na empresa HNM Comércio de Alimentos e não tinha
poder decisório. Ele foi absolvido pela Justiça no dia 05 de junho deste
ano, mas Darliane Feliciano teve a prisão preventiva decretada até
2050.
A fraude
As
investigações da Polícia Federal revelam que o grupo que fraudava
licitações em Campina Grande criou a empresária fictícia, Delmira
Feliciano Gomes, com um empreendimento de mesmo nome. Ela teria outras
três irmãs. Duas existem e a outra seria Darliane Feliciano Gomes. Nos
depoimentos à Polícia Federal os familiares disseram que desconheciam a
existência de Delmira e Darliane.
A
fraude foi tão gritante que, de acordo com a denúncia do MPF, a data de
nascimento de Darliane Feliciano é 20 de junho de 1970. Ela teria
‘nascido’, da mesma mãe, menos de um mês após uma das irmãs (que existe
de verdade) e faz aniversário no dia 20 de maio de 1970. Apesar de
grotesca, a fraude conseguiu permanecer oculta para todos, inclusive o
MPE e o Judiciário paraibanos.
Fonte: Polêmica Paraíba - Créditos: Polêmica Paraíba com informações Blog Pleno Poder - Publicado por: Amara Alcântara
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