SETEMBRO AMARELO: Identifique sinais, ofereça auxílio e ajude a preservar vidas
Cada
um pode ser a mão amiga na preservação da vida e no combate ao
suicídio. Neste Setembro Amarelo, mês marcado pela campanha de
conscientização e prevenção ao suicídio, o psicólogo do Hapvida em João
Pessoa, Esly Nascimento, explica que existem detalhes importantes que
podem salvar uma vida.
“Devemos
observar quando a pessoa demonstra certo isolamento ou é alguém muito
comunicativo e de forma brusca passa a ser mais calado, quieto, em suas
palavras demonstra certo descontentamento com a vida, menciona falta de
sentido para viver, às vezes, até passa a nutrir certo interesse por
questões espiritualistas, vida após a morte, choro, torna-se alguém
muito apegado a outras pessoas de forma repentina”, elenca.
O
especialista ressalta que é importante que as pessoas reconheçam esses e
outros sinais. Além de saber fornecer apoio emocional, deve encaminhar o
indivíduo para um atendimento especializado com psicólogo e nunca
tratar com indiferença quando alguém disser que deseja morrer.
“Acolhimento, atenção, entender que é um sofrimento real, nos leva a uma
atitude de compaixão, cuidado e paciência”, orienta.
Buscando
ajuda – Esly relata ainda que o suicídio tem se tornado um fato social.
Atinge principalmente os jovens, mas acomete também adultos e é fruto
de uma sociedade comprometida com o ter em detrimento do ser. “O vazio
existencial ocorre justamente na busca pelo ter esquecendo-se de valores
perenes como família, saúde e paz. Nesta corrida desenfreada é muito
difícil ver e ser visto”, destaca.
O especialista ressalta que é
possível buscar ou oferecer ajuda em casos de pessoas que apresentam
insatisfação com a vida. “Um profissional que possa fornecer apoio
técnico como um psicólogo, um psiquiatra, buscar apoio na família, nos
amigos íntimos. Devemos entender que o suicida pode sim reconhecer que
necessita de ajuda. Ele não está avesso a isso. A morte contra si é uma
desistência por não ter a capacidade de enxergar solução. Acolher seria a
palavra que mais se encaixa”, afirma.
Além
disso, o psicólogo acrescenta que é preciso envolver-se com a dor e o
sofrimento do outro, para que como sociedade se possa sentir que não se
está sozinho e que existe esperança. “Existe um motivo, uma razão para
continuar vivendo”, conclui.
Dados – Na Paraíba, a cada 34 horas
um caso de suicídio é registrado, segundo levantamento da Organização
Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 2018. Por ano, uma média de 11 mil
pessoas tiram a própria vida no País. De acordo com o primeiro boletim
epidemiológico sobre suicídio, divulgado em 2017 pelo Ministério da
Saúde, entre 2011 e 2016, 62.804 pessoas tiraram suas próprias vidas no
Brasil, 79% delas são homens e 21% são mulheres. A taxa de mortalidade
por suicídio entre os homens foi quatro vezes maior que a das mulheres,
entre 2011 e 2015. São 8,7 suicídios de homens e 2,4 de mulheres por 100
mil habitantes.
Fonte: Múltipla Comunicação - Créditos: Assessoria de Imprensa - Publicado por: Érika Soares
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