Doença que não tem cura: Síndrome do Pânico afasta mais de cem pessoas do trabalho na Paraíba

A
síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade que se caracteriza pela
ocorrência inesperada de sintomas como sensação de morte e de desmaio,
falta de ar, tremores, taquicardia, palpitações com duração entre 10 e
30 minutos, etc. De acordo com informações da Seção de Saúde do
Trabalhador, vinculada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
doenças deste tipo são responsáveis por 126 concessões de auxílio doença
no último ano, na Paraíba.
O departamento, que é responsável pelo
serviço de perícia médica, ainda informou que, em 2018, já foram
concedidos oito afastamentos até o momento. A população de qualquer
idade ou sexo pode desenvolver a doença, porém, os sintomas predominam
entre as mulheres e pessoas a partir dos 20 ou 30 anos.
“O
paciente se afasta do trabalho quando os sintomas do pânico são
suficientemente graves a ponto de trazer prejuízos na qualidade de vida e
a repercutir na qualidade do trabalho”, explicou ao Portal MaisPB, o psiquiatra, Charles Lucena.
O
especialista acrescentou que a sudorese, calafrios, a dificuldade
respiratória de até meia hora também são comuns. O sintoma mais
característico é o medo de ter uma nova crise e evitar lugares,
geralmente públicos.
O tempo de afastamento está diretamente
relacionado à melhora dos sintomas. No entanto, a busca pelo tratamento é
necessária. O paciente será submetido a medicamentos, em especial os
antidepressivos e a sessões de psicoterapia. A partir da resposta
clinica, o médico informa que serão feitos os exames para saber se
existe ou não a possibilidade de um retorno às atividades diárias.
Muitas
vezes, a síndrome do pânico pode ser confundida com doenças como, por
exemplo, a fobia. No entanto, o psiquiatra afirmou que a diferença é que
os sintomas são inesperados e espontâneos e, não necessariamente tem um
motivo para acontecer. Além disso, as situações que promovem o stress
podem ajudar o transtorno a surgir.
“A doença não tem cura, visto
que não há garantias de que os sintomas não possam retornar, mesmo após o
tratamento. Porém, a maior parte dos pacientes melhora muito com o
tratamento adequado e tem condições de retornar a vida normal”, concluiu
o psiquiatra.
Juliana Cavalcanti – MaisPB
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