Energéticos associados a bebidas alcoólicas são combinações perigosas

As
bebidas energéticas são definidas como compostos líquidos prontos para
consumo. A lei permite as denominações “bebida energética” ou “energy
drink”, porém não permite expressões como: “energético”,
“potencializador”, “melhora de desempenho” ou “estimulante”. Não é
recomendado o consumo com bebida alcoólica, algo muito comum,
especialmente em tempos de carnaval. Além disso, crianças, gestantes,
idosos e portadores de enfermidades devem consultar o médico antes de
ingerir o produto.
As bebidas
energéticas foram criadas para incrementar a resistência física,
proporcionar reações mais rápidas, aumentar o estado de alerta mental,
evitar o sono, proporcionar sensação de bem estar, estimular o
metabolismo e ajudar a eliminar substâncias nocivas ao corpo. São muito
utilizadas por atletas, motoristas e caminhoneiros.
No
entanto, quando o consumo é associado a bebidas alcoólicas se
transforma em um coquetel perigoso para a saúde, podendo desencadear uma
série de transtornos como convulsões, arritmias e morte súbita. As
bebidas energéticas parecem retardar os efeitos depressores e de
sonolência do álcool, levando ao consumo de mais bebidas alcoólicas.
As substâncias:
Taurina: é
um aminoácido que nos seres humanos é tanto biossintetizada quanto
ingerida em dieta normal. Pode ser encontrada em frutos do mar, aves e
carnes bovinas. Estudos científicos apontam para diversos efeitos
fisiológicos do aminoácido como detoxificação de metais pesados e no
sistema nervoso central. Dessa forma, como uma melhora na resposta
hormonal acaba caracterizando melhor performance em atletas. Estudos
demonstram que a suplementação oral desta substância aumenta
significativamente a frequência cardíaca após uma sobrecarga física.
Glucoronolactona: é
um tipo de carboidrato biossintetizado a partir da glicose, podendo ser
encontrado também no vinho tinto, cereais, maçãs e pêras. É essencial
para a desintoxicação e metabolismo de ampla variedade de xenobióticos e
medicamentos, via conjugação no fígado, que são excretados na urina.
Inositol: é
um isômero da glicose encontrado na forma livre, na forma de
fosfolipídeo e em formas fosforiladas, conhecido como ácido fítico. É
encontrado e amplamente distribuído na dieta humana, tanto em fontes
vegetais quanto animais. Encontra-se nas membranas celulares e nas
lipoproteínas plasmáticas.
Cafeína: é
uma das principais xantinas. No sistema nervoso central, as xantinas
aceleram a cognição, aumentam a resistência física, diminuem a fadiga e
aumentam o estado de vigília. A bebida também é capaz de acelerar a
perda de cálcio e magnésio pelo organismo, resultando em cãibras e a
longo prazo a osteoporose. Tem alto poder de provocar dependência.
Energético x isotônico
As
bebidas energéticas não possuem a mesma função e eficácia das bebidas
isotônicas. Estas bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos
têm a função de repor líquidos, eletrólitos e carboidratos que costumam
ser perdidos, principalmente, através do suor, durante atividades
físicas intensas, como corridas competitivas acima de uma hora.
Confira a composição nutricional do energético:
– Inositol: máximo 20 mg/100 ml
– Glucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml
– Taurina: máximo 400 mg/100 ml
– Cafeína: máximo 35 mg/100 ml
– Álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário