Geraldo Alckmin usava cunhado para receber propina, dizem delatores
Governador de São Paulo recebeu R$ 10,3 milhões do departamento de propinas da Odebrecht nas eleições de 2010 e 2014

(Divulgação/Divulgação)
No acordo de delação da Odebrecht, homologado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), três executivos da empreiteira,
Benedicto Júnior, Carlos Guedes e Arnaldo Cumplido, relatam que o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin recebeu 10,3 milhões de reais
da empreiteira durante as campanhas de 2010 e 2014. Os recursos,
repassados via caixa dois, foram contabilizados no famoso “Departamento
de Operações Estruturadas”, o setor de controle de propinas da
empreiteira.
Segundo os delatores, Geraldo Alckmin recebeu 2 milhões de
reais “a pretexto de contribuição eleitoral” na eleição de 2010. Já em
2014, quando disputou a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, o
governador levou outros 8,3 milhões de reais da empreiteira. O
responsável por receber o dinheiro sujo em nome do governador, segundo
os delatores, era Adhemar César Ribeiro, cunhado de Geraldo Alckmin.
“Adhemar receberia pessoalmente parte desses valores (…) Todas somas não
contabilizadas”, relata o relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson
Fachin. Na decisão, o ministro determina a abertura do sigilos e o envio
das declarações dos delatores sobre Geraldo Alckmin ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ), que é responsável por investigar os
governadores.
Delação do fim do mundo
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) determinou
nesta terça-feira o fim do sigilo de todos os inquéritos abertos para
apurar irregularidades contra políticos a partir de delações de
executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Veja - Por Rodrigo Rangel, Daniel Pereira, Robson Bonin
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