SURUBA NO AIRBNB: Sexólogo explica por que “trepar” é visto como algo condenável
Desde o início de abril, toda pessoa que tem acesso à internet provavelmente ficou sabendo do “caso Felipe vs Verônica”, em que uma anfitriã do app Airbnb descobriu, por meio de filmagens, que seu locatário fez uma suruba em seu imóvel – e não gostou nenhum pouco.
Após a descoberta, mesmo depois do pedido de desculpas, a locadora se mostrou revoltada com as práticas sexuais realizadas em sua casa e entrou em uma discussão com o contratante, afirmando que ele precisaria informar que pretendia “trepar” na casa alugada. Entenda o caso clicando aqui.
O caso viralizou nas redes sociais e, em pouco tempo, toda a internet estava mobilizada para responder a seguinte pergunta: afinal, pode ou não pode trepar no Airbnb? No mesmo momento, surgiram incontáveis memes sobre a “treta”.
Piadas e burocracias à parte, não é novidade que (assim como é feito em hotéis comuns) as pessoas transam em imóveis da plataforma de aluguéis por temporada. Inclusive, por conta da maior proximidade e pessoalidade, muita gente substitui uma ida ao motel por uma estadia em um Airbnb.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2020 pelo Sexlog – rede social brasileira voltada para sexo e swing -, a suruba é um dos fetiches que os solteiros mais têm desejo de praticar após a Covid-19.
Entre os mais de 31 mil cadastrados que responderam à pesquisa, 24% afirmaram que, assim que a pandemia acabar, vão correr para o primeiro sexo grupal que aparecer. A suruba ficou apenas atrás do ménage (uma suruba com menos gente, digamos), que vai ser a primeira aventura sexual de 34,9% dos entrevistados.
De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, a visão do sexo como algo impuro para a cultura ocidental se deu há muito tempo, com a instalação e o ganho de força do cristianismo.
“A forma como o sexo era enxergado por filósofos e religiosos à época se enraizou na sociedade, e é perpetuado até hoje. No senso comum, o comportamento sexual não é bem visto, é algo que precisa ficar guardado entre quatro paredes, que não se conversa sobre”, explica.
Logo, qualquer citação ou demonstração relacionada ao sexo e sexualidade é vista como algo errado de se falar e deixar aberto, além de causar estranheza e até mesmo revolta.
Com isso, hoje em dia não é novidade que qualquer prática sexual, desde que praticada com segurança e consentimento pleno de todas as partes envolvidas, é muito válida e bem-vinda nos repertórios eróticos. Inclusive a suruba.
Para quem curte um sexo grupal – ou planeja tentar após a pandemia -, a Pouca Vergonha já compartilhou dicas de como fazer uma “suruba organizada”. Afinal, não é só porque é uma orgia que precisa ser feita de qualquer forma, certo?
Relembre as dicas da terapeuta sexual Tâmara Dias para um bacanal inesquecível:
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