Solidariedade ganha espaço durante pandemia em Juru

AJUDE A QUEM PRECISA: NÃO IMPORTA O TAMANHO DA AÇÃO, O IMPORTANTE É COLOCÁ-LA EM PRÁTICA

Já dizia o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau: "As boas ações elevam o espírito e predispõem-no a praticar outras". 

Somente agora, após não ter dado o álcool em gel que uma senhora do bairro onde moro me pediu, resolvi falar sobre esse assunto. Senão, vejamos: 

Declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de março, a pandemia global de Covid-19 chegou em poucas semanas ao Brasil e, com ela, também chegou a informação que se tratava de um vírus letal que tinha a facilidade de se alastrar com facilidade. 

Não se sabe, no entanto, quando essa pandemia vai terminar. Sabe-se, tão somente, que o atual cenário da doença provocada pelo novo coronavírus restabelece a importância da ciência e da informação responsável como principais ferramentas para reduzir ao máximo os danos sociais e econômicos que ela causará.

A situação é preocupante e, certamente, o mundo não voltará a ser o que era. Pois, tudo deve mudar em nossas vidas, para sempre, inclusive os relacionamentos afetivos. Haverá mudanças profundas de valores e de comportamento das pessoas por conta da necessidade da revisão de crenças e de se unirem para ajudar uns aos outros, economizando mais e revendo seus hábitos de consumo.

Nesse contexto, eis que surgem ações solidárias no mundo todo, inclusive em Juru, no Sertão da Paraíba, a exemplo da atitude de bom caráter do jovem Israel Manoel, que tomou a iniciativa de ajudar àqueles que não têm aceso a internet para fazer o cadastro com a finalidade de receber o Auxílio Emergencial do governo federal. Enquanto outras pessoas cobram por esse trabalho, mesmo desempregado ele se dispôs a fazê-lo gratuitamente.

De igual modo, agiu a professora Sineide Araújo, outra juruense que divulgou em sua página na rede social Facebook que estava doando máscaras de tecido feitas por ela em sua casa.

Embora uma boa ação não precise de divulgação para que ela não vire ostentação e todo o mérito da mesma seja anulado, tem certas ocasiões, como agora, que permitem que a solidariedade de alguns se torne pública e sirva para outras pessoas se inspirarem a fazer o mesmo. Não importa o tamanho da ação, o importante é colocá-la em prática - desde que não seja para a autopromoção ou em busca de aplausos e holofotes. O pior mesmo, pois, é não fazer nada e apenas criticar os que fazem alguma coisa por alguém em momentos difíceis como esse. 

Lamentavelmente, o álcool em gel que me foi pedido não foi possível que eu desse naquele momento, até porque na época estava em falta no comércio e também eu  não dispunha do produto em casa. Porém, os duzentos sabonetes por mim doados posteriormente para algumas pessoas carentes fizeram-me, espiritualmente, um bem danado de bom!

Esse gesto, somado as atitudes de Israel e Sineide, pode parecer pouco, mas seriam grandiosos se mais pessoas fizessem a sua parte em favor dos que precisam.

Ainda há tempo!