Estudo da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político analisa impacto da pandemia nas eleições municipais deste ano
O
possível adiamento das eleições municipais deste ano ainda é tema de
discussão entre os especialistas. Gabriela Rollemberg, secretária-geral
da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), falou
à CNN neste domingo (31) sobre um estudo feito pela instituição que
antecipa os impactos da alteração do calendário eleitoral por causa da
pandemia do novo coronavírus.
Segundo
Gabriela, a proposta de mudança enviada ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) dá como alternativa a realização das eleições para novembro ou
dezembro de 2020. Inicialmente, as eleições municipais estão previstas
para 4 de outubro (1º turno) e 25 de outubro (2º turno).
“Nos
manifestamos pela manutenção do calendário desde que seja possível de
acordo com os sanitaristas orientam, assim como defende o ministro Luis Roberto Barroso. Mas propomos também datas de adiamento: 15 de novembro ou 6 de
dezembro, caso exista a necessidade de fato de fazer esse adiamento”,
explicou.
A secretária-geral da Abradep também informou que junho
deve ser o mês de definição sobre possíveis alterações no calendário
eleitoral de 2020. “Temos que definir logo porque há uma série de
adaptações a serem feitas, não só sobre datas mas logística, a questão
das urnas eletrônicas, verificação da segurança, treinamento de
mesários. Tudo isso tem que ser programado com antecedência.”
Uma
possibilidade que deve ser descartada, destacou Gabriela, é a unificação
das eleições municipais com as eleições gerais em 2022. Segundo ela, “a
prorrogação de mandato, via de regra, é inconstitucional”.
“Bem, a
gente é, primeiro, terminantemente contra a unificação das eleições,
assim como defende o ministro Barroso. A gente entende que a unificação é
inconstitucional. O Brasil precisa de mais participação e não menos
participação, como alguns prefeitos tem defendido”, afirmou. “Então
defendemos, de fato, a manutenção da eleição para este ano. Nós
defendemos uma eleição possível, somos contra a prorrogação de mandatos,
por óbvio, a não ser que seja impossível de realizar a eleição neste
ano.”
Fonte: CNN Brasil - Publicado por: Fabricia Oliveira
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