Coronavírus mata o camaronês Manu Dibango, lenda do saxofone, após ficar internado uma semana
O
camaronês Manu Dibango, lenda do saxofone e famoso pelo hit “Soul
makossa”, morreu aos 86 anos após complicações causadas pelo
coronavírus. O músico estava internado há uma semana para tratar a
doença. O anúncio foi feito em sua página oficial numa rede social.
“É
com profunda tristeza que anunciamos a perda de Manu Dibango, nosso
‘Papy Groove’”, diz um comunicado em sua página do Facebook citando seu
apelido entre os músicos.
Emmanuel “Manu” Dibango estourou com
“Soul makossa” no início dos anos 1970. Primeiro lançamento de um
artista africano a ganhar disco de ouro nos EUA, uma das faixas
prediletas dos DJs de Nova York que iniciaram o movimento disco e
precursora do que se conheceria como world music, ela fez história no
pop. Seu cântico “ma-mako, ma-ma-sa, mako-makos-sa” foi adaptado em
sucessos como “Wanna be startin’ something” (Michael Jackson) e “Don’t
stop the music” (Rihanna).
Amigo do nigeriano Fela Kuti, o
camaronês continuou a buscar um som contemporâneo e universal em discos
como “Gone clear” (1979, gravado com a grande cozinha jamaicana do
reggae, Sly & Robbie) e “Electric Africa” (1985, com o pianista e
gigante do jazz Herbie Hancock e o tecladista mestre do funk Bernie
Worrell).
Em sua última passagem pelo Brasil, em 2016, o
saxofonista se encantou com a Feira da Yabás, em Madureira, onde
participou de uma roda de samba.
— Foi muito interessante. Lá,
pela primeira vez, pude perceber a grande diversidade da música
brasileira. Todos cantam juntos, há brancos e negros… e eu cantei
também!
Globo - Publicado por: Larissa Freitas
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