4 x 1: Superior Tribunal de Justiça decide manter Ricardo Coutinho em liberdade e impõe medidas cautelares a ex-governador
A
Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) impôs medidas
cautelares ao ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), para que
ele possa aguardar em liberdade o processamento da ação penal a que
responde no âmbito da Operação Calvário, e rejeitaram o parecer do
Ministério Público Federal (MPF), que pedia a prisão preventiva
‘urgente’ do socialista.
Por
maioria (4×1), os ministros concluíram que o decreto de prisão, do
final do ano passado, não demonstra, de maneira categórica, de que forma
Coutinho, atualmente, agiria no esquema criminoso, tendo em vista que
não exerce mais o cargo público de governador do estado da Paraíba. No
julgamento, a Sexta Turma concedeu, também, habeas corpus a Cláudia
Veras, Francisco das Chagas Ferreira, David Clemente Monteiro Correia e
Márcia de Figueiredo Lucena Lira.
Votaram
contra um recurso da Procuradoria Geral da República, para que ele retornasse a prisão, Laurita
Vaz, relatora, e os ministros Sebastião Reis, Nefi Cordeiro e Antônio
Saldanha. Em favor da prisão votou apenas Rogerio Schietti Cruz. A
maioria considerou que não havia fatos contemporâneos para justificar a
prisão preventiva. Schietti Cruz divergiu, argumentando que, segundo as
investigações, o atual governador, João Azevêdo, eleito com apoio de
Coutinho, é suspeito de manter o esquema de corrupção.
Medidas cautelares
As
medidas cautelares determinadas em substituição às prisões preventivas
são as seguintes: comparecimento periódico em juízo; proibição de manter
contato com os demais investigados (com exceção, no caso de Ricardo
Coutinho, de seu irmão Coriolano Coutinho); proibição de ausentar-se da
comarca domiciliar sem autorização do juízo; e afastamento da atividade
econômica que tenha relação com os fatos apurados (medida voltada para
os empresários investigados na operação).
A
Operação Calvário investiga o desvio de mais de R$ 134 milhões nas
pastas da saúde e educação da Paraíba. Ricardo Coutinho é apontado como
líder da organização criminosa que teria desviado os recursos públicos
do Governo do Estado por meio de organizações sociais. Ele chegou a ser
preso, mas foi solto graças a um habeas corpus concedido pelo ministro
Napoleão Maia em plantão do Judiciário.
Fonte: Polêmica Paraíba - Publicado por: Felipe Nunes

Nenhum comentário:
Postar um comentário