Sem citar o nome de Lula, Bolsonaro responde o ex-presidente: "Não dê munição ao canalha"
Em postagem no Twitter, presidente Jair Bolsonaro fala
sobre a soltura de Lula, sem mencionar diretamente o nome do
ex-presidente, e elogia Ministro da Justiça, Sergio Moro, em vídeo de
discurso.
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| Após manter silêncio, presidente Jair Bolsonaro fala sobre a soltura de Lula, sem mencionar diretamente o nome do ex-presidente, e elogiou ministro da Justiça, Sergio Moro, em vídeo de discurso |
Depois
do silêncio inicial sobre a libertação do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro se dirigiu aos seus
apoiadores, no último sábado (09/11), através de postagem no Twitter.
"Não
dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de
culpa", escreveu Bolsonaro em seu post, no dia seguinte à libertação do
ex-presidente, mas sem mencionar diretamente o nome de Lula.
"Não
podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa
se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos",
acrescentou o presidente brasileiro.
Em outra mensagem publicada
poucos minutos depois, Bolsonaro afirma que o país iniciou "há poucos
meses a nova fase de recuperação" e que este "não é um processo rápido".
"Mas avançamos com fatos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa", repetiu Bolsonaro.
Pouco antes das 18h da sexta-feira, Lula deixou a sede da
Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba, onde passou
um ano e sete meses preso. A saída de Lula ocorreu após uma decisão do
juiz federal Danilo Pereira Jr, da 12ª Vara Federal de Curitiba, que
atendeu a um pedido da defesa.
Essa medida veio um dia após o
Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar, por seis votos a cinco, a
possibilidade de um condenado começar a cumprir pena antes de esgotados
todos os recursos. Na manhã desta sexta-feira, a defesa do ex-presidente
apresentou um pedido de soltura com base no novo entendimento do
Supremo.
A decisão do Supremo beneficiou diretamente Lula, que
cumpria pena no âmbito da condenação por corrupção e lavagem de dinheiro
no caso envolvendo o tríplex no Guarujá. A sentença de Lula já foi
confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo fixada em oito
anos, dez meses e vinte dias, mas o presidente ainda tem recursos
pendentes tanto neste tribunal quanto no STF.
Num vídeo também
publicado hoje na sua conta no Twitter, na manhã deste sábado, agradece e
elogia Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e ex-juiz que condenou
Lula quando julgava os casos da operação Lava Jato.
"Em parte, o
que acontece na política do Brasil devemos a Sérgio Moro", afirma
Bolsonaro no vídeo, onde recorda que convidou o ex-juiz para ministro
"inclusivamente depois de um incidente no aeroporto" entre os dois,
explicando ter-se tratado de uma situação para "não atrapalhar o bom
serviço que ele vinha executando".
Moro, acrescenta Bolsonaro no vídeo, "não podia se aproximar de políticos, não podia ter um partido como não teve e não tinha".
"Ele
está cumprindo sua missão. Se a missão dele não fosse bem cumprida, eu
também não estaria aqui", diz o presidente no vídeo.
Nesse
contexto, o presidente referiu também que teve "a grande satisfação de
ser eleito" e "ser talvez o único que está cumprindo" o que prometeu
durante a campanha, recordando que escolheu "uma boa equipe de 22
ministros" para estarem ao seu lado.
CA/lusa/ots
CA/lusa/ots

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