Desafio à saúde pública: Levantamento da Fundação Fiocruz alerta para consumo de álcool no país
Cerca
de 46 milhões (30,1%) informaram ter consumido pelo menos uma dose nos
30 dias anteriores. E aproximadamente 2,3 milhões de pessoas
apresentaram critérios para dependência de álcool nos 12 meses
anteriores à pesquisa.
O
levantamento que ouviu cerca de 17 mil pessoas com idades entre 12 e 65
anos, em todo o Brasil, entre maio e outubro de 2015, é apontado como
um dos mais completos por sua abrangência. Pesquisadores da fundação
afirmam, inclusive, que os resultados são representativos inclusive de
municípios de pequeno porte e de zonas de fronteira.
Álcool e violência
A relação entre álcool e diferentes formas de violência também foi abordada pelos pesquisadores que detectaram que, aproximadamente 14% dos homens brasileiros de 12 a 65 anos dirigiram após consumir bebida alcoólica, nos 12 meses anteriores à entrevista. Já entre as mulheres esta estimativa foi de 1,8%. A percentagem de pessoas que estiveram envolvidos em acidentes de trânsito enquanto estavam sob o efeito de álcool foi de 0,7%.
A relação entre álcool e diferentes formas de violência também foi abordada pelos pesquisadores que detectaram que, aproximadamente 14% dos homens brasileiros de 12 a 65 anos dirigiram após consumir bebida alcoólica, nos 12 meses anteriores à entrevista. Já entre as mulheres esta estimativa foi de 1,8%. A percentagem de pessoas que estiveram envolvidos em acidentes de trânsito enquanto estavam sob o efeito de álcool foi de 0,7%.
Uso de álcool está relacionado a diferentes formas de violência (Arquivo Agência Brasil)
Cerca
de 4,4 milhões de pessoas alegaram ter discutido com alguém sob efeito
de álcool nos 12 meses anteriores à entrevista. Destes, 2,9 milhões eram
homens e 1,5 milhão, mulheres. A prevalência de ter informado que
“destruiu ou quebrou algo que não era seu” sob efeito de álcool também
foi estaticamente significativa e maior entre homens do que entre
mulheres (1,1% e 0,3%, respectivamente).
Percepção de Risco
A percepção do brasileiro quanto às drogas atrela mais risco ao uso do crack do que ao álcool: 44,5% acham que o primeiro é a droga associada ao maior número de mortes no país, enquanto apenas 26,7% colocariam o álcool no topo do ranking.
A percepção do brasileiro quanto às drogas atrela mais risco ao uso do crack do que ao álcool: 44,5% acham que o primeiro é a droga associada ao maior número de mortes no país, enquanto apenas 26,7% colocariam o álcool no topo do ranking.
Segundo
coordenador do levantamento e pesquisador do Instituto de Comunicação e
Informação em Saúde da Fiocruz, Francisco Inácio Bastos,os principais
estudos sobre o tema, como a pesquisa de cargas de doenças da
Organização Mundial de Saúde, não deixam dúvidas: o álcool é a
substância mais associada, direta ou indiretamente, a danos à saúde que
levam à morte”, afirmou Bastos.
“Tanto
o álcool quanto o crack, porém, representam grandes desafios à saúde
pública. Os jovens brasileiros estão consumindo drogas com mais
potencial de provocar danos e riscos, como o próprio crack. Além disso,
há uma tendência ao poli uso [uso simultâneo de drogas diferentes]. Por
isso é tão importante atualizar os dados epidemiológicos disponíveis no
país, para responder às perguntas de um tema como o consumo de drogas,
que se torna ainda mais complexo num país tão heterogêneo quanto o
Brasil”, advertiu.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário