Cemitério de Recife usa tecnologia e divulga personalidades de histórias marcantes
O
Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife, reúne túmulos de 42
personalidades de histórias marcantes. Alguns deles começaram a receber,
da prefeitura do Recife, placas com informações pesquisadas pelo
Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Além do
resumo da história de cada uma e de como morreram, essas placas
disponibilizam outros detalhes através do QR Code, que significa um
código de resposta rápida, similar aos códigos de barras.
Para
utilizar esse código, que está disponível em nove placas, é preciso
baixar gratuitamente, no celular, um aplicativo para leitura do QR Code.
Ao abrir o aplicativo e colocar o telefone na frente do código, logo
são mostradas outras informações sobre a personalidade enterrada ali.
A
ferramenta está disponível para os túmulos do Conselheiro Rosa e Silva,
Joaquim Nabuco, José Mariano Carneiro da Cunha, Capiba, Chico Science,
Naná Vasconcelos, Miguel Arraes, Eduardo Campos e Agamenon Magalhães,
figuras que tiveram grande importância na política e cultura de
Pernambuco.
No
túmulo do cantor e compositor Chico Science, um dos principais nomes do
movimento Manguebeat na década de 1990, há curiosidades sobre o
artista. Ele morreu aos 30 anos, em um acidente de carro em fevereiro de
1997, em Olinda.
O
visitante do Cemitério de Santo Amaro também pode conhecer um pouco
mais sobre a história do político, professor de geografia e promotor de
direito Agamenon Magalhães, natural de Serra Talhada, no Sertão
pernambucano. Ele morreu, aos 59 anos, no Recife, em 1952.
Além
dos pernambucanos, também há estrangeiros entre as personalidades
enterradas em Santo Amaro. Um deles alemão Heinrich Moser, autor dos
vitrais de prédios históricos do Recife, como os do Palácio do Campo das
Princesas e da Igreja da Madre de Deus, ambos no Centro da cidade. Ele
morreu no Recife, aos 61 anos.
Para
saber os locais de cada um dos túmulos das personalidades enterradas no
Cemitério de Santo Amaro, é possível checar as informações na placa
instalada na entrada do cemitério, indicando os túmulos dessas pessoas
que marcaram a história da cidade, como explica o gerente de cemitérios
da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Luciano Nascimento.
“Nós
temos aqui, na entrada principal do cemitério, duas placas indicativas,
uma com um mapa de localização, onde estão identificados todos os
setores, quadras, blocos, ruas e existentes no cemitério, para facilitar
o acesso pelos visitantes. A segunda placa vem com o QR Code, que, com
um leitor instalado no celular, você pode ter acesso às informações
complementares sobre a personalidade que você está querendo conhecer
melhor”, explicou.
O
túmulo da Menina sem Nome, um dos mais visitados do Recife, deve
receber, em breve, uma placa de identificação por ela ter se tornado,
depois da morte precoce e trágica, muito conhecida e adorada no Recife. A
garota, que aparentava ter oito anos, foi encontrada na década de 1970,
na Praia do Pina, na Zona Sul do Recife, amarrada e morta.
Foi
para ela que a dona de casa Marisa de Lima Silva, levou velas até o
Cemitério de Santo Amaro. Apesar de não ter conhecido a garota enterrada
no local, ela confia que alcança graças devido à Menina Sem Nome.
“Tudo
o que eu peço a ela, eu alcanço. Para mim, é como um anjo. Tem que ter
uma placa, porque a gente vem aqui, se sente bem, a gente pede uma graça
e alcança, me arrepio toda. Com fé, a gente alcança tudo que a gente
quer. Aqui tem que ter uma placa com a história dela. Ela merece. No Dia
de Finados, você vem aqui e não consegue ver o túmulo, porque é muita
gente agradecendo, pedindo”, disse.
G1
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