terça-feira, 30 de outubro de 2018

Doença inflamatória crônica não transmissível

Psoríase é genética e não doença contagiosa, destaca médico dermatologista


Muito se escuta que a psoríase é uma doença transmissível apenas pelo fato da sua manifestação ser visível aos olhos, quando afeta a pele e/ou o couro cabeludo. O médico dermatologista da rede Hapvida, Anderson Máximo Almeida, destacou que ela é uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações e que tem uma base genética, mas que não é transmissível.
Para o médico, o que leva muitas pessoas a acreditar que a doença é transmissível é justamente o fato dela ser genética. “Se acontece com alguém da mesma família, acredita-se que um pegou a doença do outro e não é bem assim. Por ser causada por meio de uma alteração genética, podemos considerar que é uma doença hereditária”, explica.
Com base nisso, Alexandre Máximo reforça que a psoríase pode acometer qualquer pessoa em qualquer idade, mas existem alguns picos de incidência que é na segunda e na quinta década de vida, tanto em homens quanto em mulheres. “A doença se manifesta na maioria das vezes por placas eritêmato-escamosas, bem delimitadas e que geram a coceira. Geralmente acontece em áreas de trauma constantes na pele como nos cotovelos, nos joelhos, da região anterior da perna e do couro cabeludo. São placas geralmente bem avermelhadas na base e que apresentam uma descamação branca superficial. O tamanho e o número dessas placas é bastante variado, podendo aparecer apenas uma ou várias placas. O médico lembra que algumas pessoas podem ter a psoríase disseminada por todo o corpo”, enfatiza Alexandre.
Segundo o médico, o tratamento pode variar, passando pelo tópico com utilização de cremes com orientações, e dependendo do grau da doença, o paciente pode até fazer uso de medicamento via oral sistêmico. Também pode ser recomendada a tecnologia com uso de luzes ultravioletas.
Prevenção 
Hoje, conforme o dermatologista, não é possível fazer um tratamento preventivo, já que necessitaria realizar na população um estudo genético para identificar quem teria essa alteração genética e a partir daí, evitar deixar a pele ressecada, fazer exposição ao sol de forma esporádica. “Por ser uma doença crônica, não podemos falar em cura ainda e também por se tratar de uma alteração genética. Mas é uma doença que tem tratamento e o melhor profissional para fazer o tratamento é o dermatologista. Hoje temos o tratamento a partir de quando a psoríase se manifesta”, sintetiza Anderson Máximo Almeida.
MaisPB

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