Disputa para o Senado Federal: primeiro voto elege e segundo derrota
Candidatos ao Senado pela PB nas eleições 2018, em ordem alfabética: Cássio Cunha Lima (PSDB), Daniella Ribeiro (PP), Luiz Couto (PT), Nelson Júnior (Psol), Nivaldo Mangueira (Psol), Roberto Paulino (MDB), Veneziano Vital do Rêgo (PSB) - (Foto: TV Cabo Branco/Reprodução) |
Por Heron Cid
Numa
eleição de duas vagas, a disputa ao Senado da Paraíba não se resume ao
ranking dos dois mais lembrados nas intenções de voto. A preço de hoje –
como diria Joelmir Beting – estes são Cássio Cunha Lima e Veneziano
Vital.
Mais do que as próprias tendências de votação, tanto um
como outro precisa correr de olho fixo no retrovisor e nas laterais para
o tal do ‘segundo voto’.
Por mais paradoxal que pareça, a segunda escolha do eleitor tem poder para derrotar a quem se escolheu na primeira opção.
Por exemplo: os que estão na dianteira precisam torcer que seus eleitores optem pelo concorrente menos forte na segunda escolha.
Se
é uma matemática complicada para os candidatos em disputa, imagine para
o eleitor que não faz essas contas e nem tem a malícia própria dos
estrategistas.
O resultado final se computa pela soma do primeiro e
segundo voto. A combinação dos dois não é algo fácil e o resultado do
que sai da cabeça do eleitor foge absolutamente ao controle dos
candidatos.
Casar o voto é um desafio à parte. Convencer o eleitor
a votar no seu companheiro de chapa já não é fácil, e torcer – ainda
que discretamente – pelo voto num adversário é ainda mais melindroso.
Sendo assim, até outubro, os candidatos vão viver na base do olho no gato e outro no peixe.
MaisPB - Por Heron Cid
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