Exército Brasileiro investiga origem de munições, armas e explosivos apreendidos com criminosos
O
objetivo dos militares é descobrir a origem e os possíveis responsáveis
pelo extravio dos explosivos, que só podem ser usados por empresas
cadastradas. Ao final das investigações, os militares irão acionar a
Justiça.
Na manhã desta quarta-feira
(8), o 15º Batalhão de Infantaria Motorizada, ( 15º BIMtz), instalado no
bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, encaminhou à sede do GOE dois
oficiais para iniciarem os trabalhos de análise nos explosivos. O
tenente Sidney Teixeira e o sargento Geisel Carvalho são integrantes da
seção de Fiscalização e de Serviços Controlados do 15º BIMtz. Eles
explicaram que o material apreendido pela polícia passará por uma
análise de rastreamento, com o objetivo de descobrir de qual local eles
foram retirados.
De
acordo com o tenente Sidney Teixeira, que é o chefe da Seção de
Fiscalização e de Serviços Controlados do 15º BIMtz, o uso dos
explosivos é monitorado pelo Exército e apenas empresas cadastradas e
acompanhadas pelos militares são autorizadas a utilizar o material. Ele
alertou que uso indevido de explosivos é crime com pena de
prisão. Além de investigar os explosivos, os militares também farão uma
análise nas munições e armas apreendidas.
“Iremos
fazer um rastreamento para descobrir a origem desse material. Toda
munição possui uma numeração que indica lote e data de fabricação. Vamos
entrar em contato com as fábricas para determinar a origem”, afirmou o
tenente Teixeira.
As apreensões
ocorreram na segunda-feira (6), após quatro homens assaltarem um carro
forte, na estrada que dá acesso ao município de Cruz do Espírito Santo
(PB). O grupo usou explosivos para destruir um carro forte, mas não
conseguiu levar o dinheiro que havia no veículo, graças a um dispositivo
que protege as cédulas. Em seguida, os assaltantes roubaram um veículo e
fugiram para uma granja. Como o carro possuía um rastreador, a polícia
conseguiu localizar os criminosos e houve confronto. Após troca de tiros
e negociação, os homens se renderam e seguem presos em penitenciária de
João Pessoa.
Com os criminosos, foram
encontrados pistolas, fuzis, artefatos explosivos e coletes balísticos e
cerca de 1.800 munições intactas, além daquelas que foram deflagradas
durante a troca de tiros com a polícia. Todos os armamentos são de
fabricação estrangeira e de uso restrito das Forças Armadas. O que mais
chamou a atenção dos agentes de segurança foi um fuzil de calibre 50, de
fabricação americana, com alto poder de destruição. Ele tem capacidade
de alcançar um alvo a 4.500 metros de distância e pode destruir a
fuselagem de uma aeronave. O equipamento é considerado uma arma de
guerra pelos militares. “Nós iremos também analisar esse armamento, que,
em hipótese alguma, pode ser usado em área urbana. É uma arma de
guerra”, afirmou o tenente.
A delegada
do GOE, Karina Alencar, disse que os presos fazem parte de uma quadrilha
que já vem sendo investigada por polícias de vários estados e Polícia
Federal, por prática de roubos a carro-forte. Os presos foram
identificados como Livaci Muniz da Silva ( mais conhecido como
Galeguinho), de 34 anos; Romário Gomes Silveira, de 29 anos; Antonio
Arcênio de Andrade Neto, de 28 anos; e Vanilson Pereira de Macedo, de 32
anos.
A delegada afirmou que ainda
serão feitas novas diligências para concluir o inquérito, cujo prazo
para ser encerrado é de 10 dias. Ela acrescentou que todo o material
apreendido será colocado à disposição da Justiça após o término das
investigações.
MaisPB
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