Médicos alertam para perigos do Viagra sem receita para quem sofre de disfunção erétil
Desde que começou a ser comercializado,
em 1999, o viagra desperta a curiosidade não só daqueles que foram
diagnosticados com disfunção erétil, mas também aos que querem
experimentar algum tipo de potência extra. “Ele é um vaso dilatador, que
aumenta o fluxo de sangue na região e atua a partir do estímulo”,
explica o médico urologista Dr. Plínio Goes, do Hospital das Clínicas. O
efeito esperado é de 6 a 8 horas. “Não é que o paciente vá manter o
pênis ereto ininterruptamente, mas, o remédio ajuda na ereção”.
A famosa pílula azul nasceu por acaso,
no início da década de 1990, a partir de um experimento para outro
medicamento, contra uma doença cardíaca, a angina. Ao fazerem os testes,
os pesquisadores americanos Nicholas Terrett e Peter Ellis, da Pfizer,
descobriram que um dos efeitos colaterais da droga era o aumento de
irrigação sanguínea no pênis, a partir da potencialização do óxido
nítrico. Aprovada pelo FDA (o órgão que regulamenta medicação nos EUA),
foi o primeiro remédio desenvolvido contra a impotência.
“Só recomendamos o uso do Viagra para
pacientes com disfunção erétil leve ou moderada e para pessoas que não
estejam utilizando outros remédios vasodilatadores coronarianos, pois
pode levar a uma queda de pressão muito grande”, completa Dr. Plínio
Goes.
Cassiano Monteiro, hoje com 44 anos,
conta que experimentou algumas vezes quando era mais jovem. “Não tinha
indicação médica, mas queria ver quais eram os efeitos. Tinha vinte e
poucos anos e senti uma vermelhidão no rosto alternando com uma certa
dormência”, conta ele. “Como é uma droga vasodilatadora, ela pode
dilatar os vasos da face também, é bem comum, assim como causar dor de
cabeça e congestão nasal”, aponta o médico urologista para alguns dos
efeitos colaterais.
A combinação com outros medicamentos
pode ainda ser fatal. “Em pacientes que façam uso de nitratos, por
exemplo, o Viagra pode levar ao óbito, uma vez que ele potencializa
muito o efeito hipotensor do nitrato”, explica a médica cardiologista
do INCOR, Dra. Mariana Stama Figueira.
Quanto às consequências cardíacas, o
problema maior está no esforço físico e não no efeito do remédio. “O
risco de evento cardiovascular, o infarto ou a a arritmia, não está
relacionado ao uso da droga em si mas sim à atividade corporal que o
paciente vai fazer durante a relação sexual, principalmente se tem uma
doença cardíaca prévia. Para esses pacientes, o ideal é que o remédio
seja prescrito depois de um teste ergométrico que comprove aptidão para
atividades físicas”, explica a Dra. Raquel Aparecida de Oliveira, médica
cardiologista do INCOR.
Fonte: YAHOO - Publicado por: Alana Beltrão
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