domingo, 3 de dezembro de 2017

Trajetória, dificuldades e truques de uma atriz pornô

Atriz pornô, que foi bancária e professora de português, revela como os filmes te enganam



Antes de virar Soraya Carioca, a atriz pornô com “bem mais de 800 cenas gravadas” foi bancária e professora de português no Rio de Janeiro. Perdeu as contas, mas segue ensinando: venceu o Prêmio Sexy Hot 2016 na categoria Melhor Cena de Anal. No currículo, também constam dois casamentos heterossexuais e uma filha adotiva do penúltimo relacionamento gay.
Fora a idade, Soraya realmente não esconde nada – do corpo, das opiniões, dos bastidores do entretenimento adulto. Odeia pênis grande, tapa na cara, posições mirabolantes. Nesta entrevista, ela revela um pouco de sua trajetória, as dificuldades de atuar no ramo e os truques dos diretores pra atender o tesão dos consumidores. Aposto que, depois disso, você não vai assistir sacanagem do mesmo jeito.
– Como você começou na indústria pornô?
SORAYA – Casei virgem, de véu e grinalda, aquela palhaçada toda… Meu primeiro casamento durou quatro anos e o segundo, três. Aí me separei e levei uma “volta financeira”. Procurando anúncios em jornal, vi a oportunidade de ser cam girl [stripper virtual] em sites americanos. Uma coisa foi levando a outra. Conheci garotas que me levaram pra fazer programa [Soraya ainda faz]. Depois, diretoras de pornô que procuravam atrizes. Fui assistir uma gravação, fiz uma participação e comecei em 2005.
– Em média, quanto uma atriz recebe por filme?
SORAYA – Antigamente pagavam conforme o currículo da atriz, quantidade e tipo de cena – dupla penetração, por exemplo, custava o dobro. Hoje prefiro não comentar os valores porque tá patético. As mulheres fazem filme a qualquer preço ou até de graça pra aumentar o valor do programa, conseguir shows em casas noturnas etc. Mas recebemos por cena, independente do tempo de gravação e do que precisamos fazer nela.
– As cenas são totalmente dirigidas ou rola “sexo de verdade”?
SORAYA – Nada é aleatório. A gente começa a cena já sabendo as posições que devem ser feitas e a estimativa de tempo de cada uma. O diretor diz que tem três minutos para a posição tal, depois quatro minutos na outra… Aliás, antes da gravação, tem a sessão de fotos – que dura muito mais que a cena em si. Ali já ensaiamos as posições e a ordem em que elas vão acontecer. O bom é que, se a gente esquece, vai e olha nas fotos.
– Nossa, parece brochante.
SORAYA – Bem mais do que as pessoas podem imaginar. Você tá lá gravando e o diretor avisa: “Falta um minuto, termina!”. O homem tem que gozar na hora.
– Fazer pornô é mais difícil para os atores?
SORAYA – Muito mais. Corta a cena, desliga a câmera, o diretor pergunta “em quanto tempo você consegue gozar?”. Em geral, o cara fica lá batendo uma e os outros atores que tão esperando pra gravar começam a cobrança: “Vai logo, tá demorando!”.
– E se ele não consegue gozar?
SORAYA – Aí tem duas possibilidades. Uma é o gozo de mentira, feito com uma mistura de pasta de dente ou hidratante branco com lubrificante. Pode colocar, por exemplo, na boca da atriz. Quando liga a câmera de novo, o ator bota o pênis ali como se fosse gozar, faz aquela encenação toda e a atriz começa a cuspir aquilo. A segunda saída é parar a gravação e outra pessoa (o câmera, o diretor…) goza de verdade na atriz, mas na edição fica parecendo que foi o ator.
– As atrizes que supostamente “ejaculam” em cena estão urinando, né?
SORAYA – Poucas conseguem de verdade. Eu mesma nunca ejaculei. A maioria usa duas técnicas, dependendo da cena. Se for pra esguichar, tomam cerveja antes porque é bastante diurético e urinam como se estivessem ejaculando. Quando é só pra fazer um aguaceiro, introduzem na vagina uma espécie de bolinha d’água que estoura de uma vez com a penetração. É que nem nas cenas de flatos.
– Oi?
SORAYA – É um fetiche por ouvir o barulho do pum durante o sexo. Eu faço essas cenas, mas tem gente que acredita que eu fico meia hora lá soltando gases naturalmente. É impossível! O que acontece é que a câmera muda de foco, não mostra meu corpo, enquanto alguém coloca ar no meu ânus com uma bombinha.
– Quantos % dos orgasmos das atrizes pornô são fingidos?
SORAYA – Eu diria que 98% fingem. Algumas meninas conseguem porque tomam anabolizante, esteroide, hormônios e têm um tesão fora do normal. Mas, para a maioria, não tem como gozar em cena. Você tem que mudar de posição quando o diretor manda, ele fica avisando quantos minutos faltam pra acabar… Ah, não dá.
– Que filme você mais gostou de fazer?
SORAYA – Meu preferido é “Soraya Carioca e seu harém de 100 homens”. Transei com 115 homens durante seis horas e meia de gravação. Todos se inscreveram pela internet.
– Qual o tamanho médio do pênis dos atores pornôs?
SORAYA – No pornô, eles têm entre 19 e 25 cm. A média nacional é uns 14 cm, né? Eu acho que menos de 13 cm é “inexistente”. Mas pênis grande também não é legal porque machuca, qualquer coisa fica desconfortável. Já fiz cena com um ator americano que tinha 33 cm e foi péssimo. Aliás, nem fica totalmente ereto porque não tem sangue pra irrigar tudo.
– O uso de remédio pra ereção é comum?
SORAYA – Sim, 99% tomam meia hora antes da cena.
– Você tem que se preparar antes das gravações? Tem algum hábito?
SORAYA – Eu costumava fazer alongamento pra aumentar a flexibilidade e não ter cãibras. É comum que as atrizes tomem um relaxante muscular e analgésico – algumas usam drogas. Eu já fiquei viciada no [nome do remédio] pra aguentar cenas de sexo anal e malabarismos tipo botar os pés atrás da cabeça.
Fonte: YAHOO

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