Criminoso recria nesta quarta-feira morte de jovem de 22 anos que deu carona
Kelly foi morta durante trajeto entre São José do Rio Preto (SP) e Itapagipe (MG).
A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira (8) em Frutal, no Triângulo
Mineiro, a reconstituição da morte de Kelly Cristina Cadamuro, de 22
anos. A radiologista foi assassinada durante uma carona marcada por
WhatsApp na noite do último dia 1º de novembro. Jonathan Pereira do
Prado, de 33 anos, que confessou matar e roubar a jovem, participou do
procedimento que visa esclarecer as circunstâncias da morte.
Ele concordou em participar da reconstituição sob a condição de ter a
cabeça coberta por capuz para não ter imagens registradas pela imprensa.
Além disso, também utilizou um colete à prova de balas.
Participaram também representantes da Polícia Civil, da Perícia
Criminal, do Ministério Público de Minas Gerais, Secretaria de
Administração Prisional (Seap) e imprensa.
Segundo o delegado da Polícia Civil em Frutal, Bruno Giovanini, está
descartada a hipótese de outra pessoa ter participado do crime. Em
relação ao estupro, ainda existe a possibilidade, apesar de o criminoso
negar. Pela reconstituição, a polícia esclareceu que Kelly foi morta
durante trajeto até o local onde o corpo foi encontrado.
“Desde momento que realizamos a prisão, colhemos provas e a
reconstituição foi necessária para confirmar linha de investigação.
Sobre o estupro, Jonathan se manteve firme em negar, mas a versão dele é
só uma parte de um todo e tem vários elementos que contrapõe o que ele
diz. Vamos analisar com calma as provas e vamos confirmar se teve ou não
o crime sexual”, contou.
Bruno Giovanini também informou que foi possível esclarecer a forma
como a jovem foi morta. “Hoje pela reconstituição percebemos que ela não
morreu por afogamento, ela foi morta antes do corpo ter sido jogado na
água. Ela foi estrangulada no caminho próximo onde ele deixou o corpo.
Em relação a outros envolvidos, Jonathan agiu sozinho, os outros dois
presos somente foram receptadores.”
Agora, a polícia deve encerrar o inquérito e enviar ao Ministério
Público. Entre os crimes, Jonathan pode responder por latrocínio, crime
sexual caso seja confirmado, entre outros.
G1
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