Senado Federal sobre o afastamento de Aécio: do rugido de uma fera ao miado de gatinhos
Tão
logo a Primeira Turma do STF determinou afastamento e recolhimento
noturno do tucano Aécio Neves, senadores saíram bradando contra a
decisão e acusando o Supremo de arrepiar a Lei.
Imaginava-se,
assim, que a Casa levaria às últimas consequências a rebelião contra a
suprema corte de Justiça e não esperaria muito para desmanchar a
“afronta” constitucional.
Uma semana depois, o que se viu? Radical
mesmo em defesa da prerrogativa do Senado, somente Renan Calheiros, que
não é lá fonte que se cite. E pelas razões mais óbvias possíveis de um
investigado.
Prevaleceu um Senado cauteloso, pé no chão e
decidido, por ampla maioria, a aguardar o pronunciamento final do
plenário do STF para o caso.
O que só ocorrerá na próxima semana,
quarta-feira mais precisamente. Somente na terça-feira seguinte, noutra
semana, os senadores finalmente voltam a deliberar sobre o tema.
Na prática, é o STF quem decidirá o destino de Aécio.
Das
duas, uma. Ou o Senado lavou as mãos ou confia plenamente (baseado em
quê?) que o Pleno do Supremo livrará o mineiro do vexame.
De
ímpeto e movidos pelo espírito de corpo, os senadores começaram rugindo
feito leão com a boca aberta para devorar o Supremo. Baixada a poeira,
miaram feito gatinhos mansos diante de uma fera.
MaisPB - Por Heron Cid
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