Supremo Tribunal Federal mantém Janot nas investigações contra Michel Temer
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) rejeitou, na tarde desta quarta-feira (13), pedido feito pela
defesa do presidente Michel Temer para seja declarada a suspeição do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para atuar em
investigações relacionadas ao presidente, iniciadas a partir das
delações da JBS. Até o momento, há cinco votos contra a suspeição. O
julgamento continua para a colheita dos demais votos.
Os ministros seguiram voto proferido pelo relator do caso, ministro
Edson Fachin, que negou o mesmo pedido antes de o recurso chegar ao
plenário. No voto proferido na sessão desta tarde, o relator disse não
há indícios de Janot atuou de forma imparcial e com “inimizade em
relação a Temer.
Segundo a Fachin, declarações do procurador à imprensa não podem ser
consideradas como causa de suspeição. Na ação, a defesa de Temer também
cita uma palestra na qual Janot disse que, “enquanto houver bambu, lá
vai flecha”, fazendo referência ao processo de investigação contra o
presidente.
Votaram com o relator os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber,
Luiz Fux e Dias Toffoli. Ainda faltam votar Ricardo Lewandowski, Celso
de Mello, Marco Aurélio, e a presidente, Cármen Lúcia.
No início do julgamento, a defesa do presidente Temer voltou a
afirmar que Janot agiu de forma parcial nas investigações envolvendo o
presidente. Ao subir à tribuna da Corte, o advogado Antônio Claudio
Mariz, representante de Temer, disse que a prisão dos empresários
Joesley e Wesley Batista, em cujas delações foram baseadas as acusações,
podem indicar que Janot não teve os devidos cuidados na investigação.
Agência Brasil
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