TRF-4 nega pedido do expresidente Lula e mantém interrogatório para o próximo dia 13
A defesa alega que não teve acesso aos dados dos sistemas e que há documentação em idioma estrangeiro que exige tradução
Defesa de Lula tentava suspender interrogatório agendado para a próxima quarta-feira - (Foto: Divulgação) |
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região rejeitou
pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que tentava suspender interrogatório agendado para a próxima
quarta-feira (13).
Os advogados pediam o adiamento até que fossem juntadas no processo
informações sobre os sistemas My Web Day e Drousys, que segundo o
Ministério Público Federal eram utilizados pelo setor de operações
estruturadas do Grupo Odebrecht para gerir propinas. A decisão foi
tomada nesta quarta-feira (6/9).
A defesa alega que não teve acesso aos dados dos sistemas e que há
documentação em idioma estrangeiro que exige tradução. Pediu ainda
acesso integral ao acordo de leniência da Odebrecht e esclarecimento de
extração de cópia forense dos dados dos sistemas da empresa às
autoridades suecas e suíças.
Segundo o relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, responsável
pelos processos da operação “lava jato” no tribunal, carece de
fundamento legal a tentativa da defesa. “Não vejo ilegalidade flagrante
na decisão de primeiro grau a ponto de autorizar a intervenção
excepcional do juízo recursal, ainda mais em sede de Habeas Corpus, em
particular em questão que deve ser solvida em momento oportuno”,
afirmou.
Gebran disse que, se ficar demonstrada a necessidade de reinquirição
dos colaboradores, haverá tempo hábil suficiente entre a data da juntada
do material encartado pelo MPF e a inauguração da fase de diligências
complementares.
O desembargador também solicitou que o juiz federal Sergio Moro, da
13ª Vara Federal de Curitiba, forneça mais informações a respeito dos
fatos narrados pela defesa. Com informações da Assessoria de Imprensa do
TRF-4.
ClickPB
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