Ex-procurador Marcello Miller presta depoimento no Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira
Procuradores querem saber se ele orientou Joesley Batista e outros executivos da J&F a fechar acordos de delação premiada
Ex-procurador da república Marcello Miller - (Foto: Reprodução/osul.com) |
O ex-procurador da República Marcello Miller chegou
para prestar depoimento na Procuradoria Regional da República (2ª
Região), no Centro do Rio, por volta das das 15h desta sexta-feira (8).
Os procuradores querem saber se ele orientou Joesley Batista e outros
executivos da J&F a fechar acordos de delação premiada quando ainda
trabalhava na Procuradoria Geral da República.
Miller chegou acompanhado dos advogados e não falou com os
jornalistas. Marcello Miller fez parte do grupo de trabalho da Lava Jato
na Procuradoria em Brasília de maio de 2015 a julho de 2016. Em 4 de
julho de 2016, ele voltou para a Procuradoria no Rio, mas continuou como
colaborador do grupo de trabalho da Lava Jato.
Em 23 de fevereiro de 2017, ele pediu exoneração do cargo de
procurador e foi desligado no último dia 5 de abril. No dia 11 de abril,
Miller já participava de reuniões como advogado de um escritório que
atuou nas negociações do acordo de leniência da JBS.
No fim de junho, depois que Rodrigo Janot apresentou denúncia contra o
presidente Michel Temer, o presidente fez um pronunciamento e chegou a
insinuar que supostos milhões recebidos por Miller como advogado talvez
não fossem unicamente para ele. No dia 4 de julho, Miller saiu da banca
de advogados.
O áudio foi gravado antes da saída de Miller da PGR. A gravação é de
17 de março. Mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou a operação
Carne Fraca para investigar um suposto esquema de propinas envolvendo
funcionários do Ministério da Agricultura e irregularidades cometidas
por empresas do setor de carnes, incluindo a JBS.
O ex-procurador
Marcello Miller declarou que não cometeu qualquer crime ou ato de
improbidade administrativa e nem recebeu dinheiro ou vantagem pessoal da
J&F ou de qualquer outra empresa. Marcelo Miller também negou que
tenha atuado como intermediário do grupo com qualquer integrante do
Ministério Público nem com o procurador-geral, Rodrigo Janot.
ClickPB com G1
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