Polícia Federal prende o diretor presidente da JBS, Wesley Batista, em São Paulo
Foto: Werther Santana/Estadão |
A
Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (13) um dos donos
da J&F e diretor presidente da JBS, Wesley Batista, em São Paulo. A
ordem de prisão foi expedida pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
Ele
foi preso na investigação do uso de informações privilegiadas para
lucrar no mercado financeiro, no período da divulgação da delação
premiada dos executivos do grupo.
O
irmão de Wesley, Joesley e o executivo da empresa Ricardo Saud foram
presos no domingo (10) após o relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, acatar os pedidos de prisão.
Joesley também foi alvo de mandado de prisão da Justiça Federal de São
Paulo.
A
JBS, seus controladores e outras empresas do grupo são investigadas por
uso de informação privilegiada. A JBS confirmou que comprou dólar no
mercado futuro horas antes da divulgação de que seus executivos fizeram
delação premiada. O dólar disparou no dia seguinte, subindo mais de 8%, o
que trouxe ganhos a empresa.
Os
irmãos Batista teriam praticado, então, o chamado “insider trading”,
que é o uso de informações privilegiadas para lucrar na venda ou na
compra no mercado financeiro, com a compra de U$ 1 bilhão às vésperas da
divulgação da gravação e da venda de R$ 327 milhões em ações da JBS
durante seis dias do mês de abril enquanto os réus negociavam a delação
premiada com a Procuradoria Geral da República.
A
compra de dólar na véspera do vazamento dos aúdios da delação premiada
da JBS teria levado a empresa a obter ganhos financeiros, já que a
cotação da moeda disparou nos dias seguintes à divulgação das conversas.
A Justiça Federal chegou a determinar o bloqueio de R$ 800 milhões das
contas de Joesley Batista após a denúncia, mas depois autorizou que a
quantia voltasse a ficar disponível para o empresário.
G1
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