Estados Unidos falam em opções militares contra a Coreia do Norte
Norte-americanos não creem mais em sanções da ONU
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, disse
neste domingo (17) que o Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU) esgotou suas opções na contenção do programa nuclear da
Coreia do Norte. Ela ainda afirmou que os EUA podem ter que entregar o
assunto ao Pentágono.
"Nós esgotamos todas as coisas que poderíamos fazer no Conselho de
Segurança neste momento", disse Haley ao "State of the Union" da CNN,
acrescentando que estava perfeitamente feliz em entregar o assunto ao
secretário de Defesa, James Mattis.
"Estamos tentando todas as outras possibilidades que temos, mas há muitas opções militares na mesa", acrescentou.
No sábado (16), o líder norte-coreano Kim Jong Un afirmou que o
objetivo do país de desenvolver sua força nuclear "está quase
concluído", segundo a agência de notícias estatal KCNA, citada pela
Reuters.
A Coreia do Norte pretende alcançar um "equilíbrio" de força militar
com os Estados Unidos, que indicaram que sua paciência para diplomacia
está acabando após Pyongyang disparar um míssil cruzando o Japão pela 2ª
vez em menos de um mês.
"Nosso objetivo é estabelecer o equilíbrio da força real com os EUA e
fazer com que os governantes norte-americanos não se atrevam a falar
sobre uma opção militar", disse Kim Jong Un.
Nesta semana, a agência estatal Comitê da Coreia para a Paz na
Ásia-Pacífico afirmou que a Coreia do Norte ameaçou usar armas nucleares
para "afundar" o Japão e reduzir os Estados Unidos a "cinzas e
escuridão" por apoiar uma resolução e sanções do Conselho de Segurança
da ONU contra o mais recente teste nuclear do regime norte-coreano.
Últimos testes
Após o mais recente lançamento de míssil na sexta-feira (15), o
conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, H. R. McMaster, disse
que os EUA estão ficando sem paciência com os programas nuclear e de
mísseis norte-coreanos. "Para aqueles que comentaram a falta de uma
opção militar, há essa opção", disse McMaster, acrescentando que não
seria a escolha preferida da administração Trump.
Esse último míssil que passou sobre o Japão foi uma resposta
norte-coreana às novas sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da
Organização que impôs, por unanimidade, a proibição das exportações de
produtos têxteis do país e limitou as importações de petróleo.
Essas sanções, por sua vez, tinham sido aprovadas como uma resposta ao
sexto e mais poderoso teste nuclear do país dos últimos 11 anos,
ocorrido em 3 de setembro, que marca mais um capítulo na escalada de
tensão na região. Segundo o governo da Coreia do Norte, o teste com uma
bomba de hidrogênio, que pode ser carregada no novo míssil balístico
intercontinental, foi 'bem-sucedido'.
G1
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