Atividade física pode cuidar da saúde do corpo e prolongar sua vida, defende estudo
Uma pesquisa enorme descobre que não é exatamente necessário ir à academia ou praticar um esporte para cuidar da própria saúde
Pode até parecer uma pegadinha, mas ninguém precisa ser um “rato de
academia” para cuidar da saúde do corpo e prolongar a própria vida. É o
que defende, pelo menos, um extenso levantamento feito pela Universidade
McMaster em parceria com o hospital Hamilton Health Sciences, ambos do
Canadá.
Segundo o estudo, qualquer (qualquer mesmo!) atividade física que faça o
coração bater um pouco mais depressa é válida. O mais importante é que
todo mundo assegure uma média superior a 30 minutos de movimentação do
corpo, pelo menos cinco dias por semana. Vale varrer a casa, ir do ponto
de ônibus até o escritório, sair a pé para almoçar… Não parece tão
difícil, né?!
Os voluntários que bateram a meta de 150 minutos de atividade física
por semana reduziram o próprio risco de morte ao longo do trabalho em
quase 30%. A queda na mortalidade foi de 20% se considerarmos apenas as
doenças cardíacas.
A saúde está na rotina
“Ir à academia é ótimo. […] Mas, se conseguimos caminhar até o
trabalho, ou então durante o horário de almoço, isso também vai ajudar”,
opina Scott Lear, profissional de educação física e um dos principais
pesquisadores por trás da descoberta, em comunicado à imprensa.
Assim como outros estudos anteriores, o levantamento da vez destaca que
os exercícios na hora do lazer são benéficos. No entanto, seu
diferencial foi justamente notar que mesmo práticas ligadas ao cotidiano
turbinam a saúde. Isso é especialmente positivo para países menos
desenvolvidos, em que os habitantes tendem a ter menos tempo para a
diversão (e trabalhar mais em profissões que exigem muito do corpo).
Agora, não dá pra negar que ir além dos 150 minutos semanais de
atividade física pode trazer vantagens extras. Suar a camisa por
incríveis 750 minutos por semana foi associado a uma redução de 36% no
risco de morte. O levantamento em questão descobriu, porém, que apenas
3% das pessoas conseguem destinar tanto tempo para os exercícios em
momentos de lazer. Já se levarmos em conta as atividades do dia a dia,
quase 40% delas atingiria essa cota que parece irreal em um primeiro
momento. Ótima notícia, não é mesmo?
Saúde Abril - (Ilustração: Evandro Bertol e Mayla Tanferri/SAÚDE é Vital)
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