GILMAR MENDES DIZ QUE JANOT É O PROCURADOR-GERAL 'MAIS DESQUALIFICADO DA HISTÓRIA'
TSE |
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta
segunda-feira que considera o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, desqualificado e sem preparo jurídico nem emocional.
“Quanto
a Janot, eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já
passou pela história da Procuradoria. Porque ele não tem condições, na
verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir algum órgão
dessa importância”, afirmou o ministro em entrevista à Rádio Gaúcha.
Mendes,
que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse
ainda acreditar que o que foi firmado com os executivos da JBS, que
embasou denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer, será
revisto.
“Tenho
absoluta certeza de que o será. Como agora a Polícia Federal acaba de
pedir uma reavaliação do caso do Sérgio Machado, que é um desses casos
escandalosos de acordo. Certamente vai ser suscitado em algum processo e
será reavaliado”, complementou.
Ainda
na entrevista à Gaúcha, Gilmar Mendes disse que considera a Lava Jato
importante, mas acrescentou que podem ocorrer equívocos.
“Não
é verdade que eu tenha dito que a Lava Jato deixou de ser importante.
Acho os trabalhos extremamente importantes, mas isso não me compromete
com eventuais equívocos. Sempre fui uma voz vencida na Segunda Turma
quanto ao alongamento das prisões da Lava Jato, isso independentemente
de governo. Fui eu que votei o habeas corpus, fui o terceiro voto, de
desempate, no caso do José Dirceu. E o José Dirceu não pode ser acusado
de ser simpatizante das minhas posições nem das posições do governo.
Isso é uma bobagem”, justificou.
Após
a entrevista, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da
República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, divulgou nota em que
defende o chefe do Ministério Público Federal.
Segundo
o presidente da entidade, “é deplorável que um ministro do STF esqueça
reiteradamente de sua posição para tomar posições políticas (muito
próximas da política partidária) e ignore o respeito que tem de existir
entre as instituições”.
“Não
é o comportamento digno que se esperaria de uma autoridade da
República. O furor mal contido nas declarações de Gilmar Mendes revela
objetivos e opiniões pessoais (além de descabidas), e não cuidado com o
interesse público”, criticou.
Yahoo com informações da agência Reuters
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