Após pedido do Ministério Público Federal, Justiça nega busca e apreensão na Prefeitura de João Pessoa
Publicado por: Larissa Freitas
O Ministério Público Federal (MPF) pediu, mas a Justiça Federal não
autorizou a Polícia Federal a cumprir, durante a Operação Irerês,
deflagrada hoje (2), um mandado de busca e apreensão de computadores e
documentos na Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura de João Pessoa.
A Operação, que investiga superfaturamento de R$ 6,4 milhões no
projeto de revitalização da Lagoa do Parque Solon de Lucena, resumiu-se
até agora a aprender documentos e equipamentos em escritório e
residência de sócios da empresa contratada pela PMJP para realizar a
obra.
Ao indeferir a busca e apreensão na Seinfra municipal, o juiz federal
Manuel Maia de Vasconcelos Neto, da 16ª Vara (Penal) da Justiça Federal
na Paraíba, argumentou que a Seinfra já prestara os esclarecimentos
necessários e fornecera os documentos solicitados pelos investigadores.
Segundo apurou a Controladoria-Geral da União (CGU), a ‘reforma da
Lagoa’ causou prejuízo estimado em R$ 6,4 milhões aos cofres públicos,
principalmente em razão de suposto sobrepreço nos serviços de escavação
de um túnel que deveria escoar a água da Lagoa no Rio Sanhauá, para
evitar os tradicionais alagamentos do anel viário interno do parque a
cada inverno.
Documentos já fornecidos
O advogado Solon Benevides, que defende empresa e empresário alvos da
Operação Irerês, revelou ao blog na manhã desta sexta-feira que a
construtora também já forneceu todas as informações e todos os
documentos que o MPF e a PF precisaram nas etapas anteriores das
investigações.
“Os documentos apreendidos hoje são os mesmos já fornecidos”, disse o
advogado, reafirmando termos de nota distribuída à imprensa na qual
seus clientes informam “que há mais de um ano foram ouvidos pelo
Ministério Público Federal, juntando farta documentação que comprova a
lisura na execução da obra, bem como responderam por ofício todos os
questionamentos que foram feitos pela Polícia Federal”.
A nota acrescenta que a perícia que fundamentou o pedido de busca e
apreensão “conflita totalmente com relatórios de órgãos federais, a
exemplo do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal,
fiscalizadores do convênio firmado com a Prefeitura Municipal de João
Pessoa, que por sua vez também relatórios junto aos citados órgãos”.
Fonte: Blog do Rubão
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