Polícia Federal prende em Patos condenados por esquema de sonegação, Daniel da Coroa pegou 40 anos de cadeia
Publicado por: Amara Alcântara
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Daniel da Coroa foi condenado a mais de 42 anos de prisão |
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (2), em Patos, no Sertão da Paraíba, uma operação para cumprir mandados de prisões expedidas pela Justiça Federal contra empresários condenados no âmbito da Operação Catuaba.
Foram presos Eliezer dos Santos Moreira e Maria Madalena Braz Moreira,
respectivamente irmão e ex-mulher do empresário Daniel dos Santos
Moreira, mais conhecido como Daniel da Coroa, que também foi notificado para cumprimento da pena, mas ainda está foragido.
Daniel da Coroa foi condenado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região,
com trânsito em julgado (sem direito a recurso na Justiça), a 42 anos, 5
meses e 20 dias de reclusão, além de pena de multa de R$ 979.200,00,
pela prática dos crimes de quadrilha, corrupção de agentes públicos,
falsificação de selos e lavagem de dinheiro. Ele teve alguns bens
‘sequestrados’.
Na mesma sentença, Maria Madalena Braz, também foi condenada à prisão
por 32 anos, 3 meses e pena de multa de R$ 532.800,00. Já Eliezer dos
Santos Moreira deve cumprir a pena de prisão de 32 anos, 3 meses e 22
dias e pena de multa de R$ 33.300,00. Além deles, também foram
condenados o filho do casal, Raniery Mazzilli Braz Moreira, a pena de 38
anos, 6 meses, 45 dias e pena de multa de R$ 524.880,00, e José
Valdistélio Garcia a 29 anos, 5 meses e 6 dias e pena de multa de R$
33.300,00.
Esquema
A Operação Catuaba foi deflagrada em outubro de 2004 para apurar um
esquema de sonegação fiscal comandado em nove Estados pelo empresário
Daniel da Coroa, que atua no setor de bebidas.
Para a Justiça, não restou dúvidas, pelas provas produzidas, que
Daniel da Coroa, Maria Madalena Braz Moreira e seu filho Raniery
Mazzilli eram os verdadeiros donos da empresa Engarrafamento Coroa Ltda.
e lideravam uma organização criminosa que sonegava impostos.
A quadrilha falsificava selos do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), abria empresas de fachada, corrompia dezenas de
fiscais a fim de assegurar o não pagamento dos impostos, e reintroduzia,
de forma aparentemente legal, os recursos obtidos através da prática
delituosa.
Os réus Eliezer dos Santos Moreira e José Valdistélio Garcia, por sua
vez, foram condenados por terem se associado aos donos do grupo Coroa
(Daniel, Madalena e Raniery), atuando na condição de “testas de ferro”,
participando de forma direta e efetiva para a prática de todos os
crimes.
Para o MPF, a sentença condenatória em desfavor dos líderes do grupo
criminoso certamente restabeleceu a confiança e a crença da sociedade na
justiça, tendo representado um grande passo na concretização da luta
contra as organizações criminosas e a lavagem de capitais.
Jornal da Paraíba
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