Johnson & Johnson é condenada por desenvolvimento de câncer de ovário após uso de talco
A J & J (Johnson & Johnson) foi condenada
nesta quinta-feira (4), por um júri do Missouri, Estados Unidos, a pagar
mais de US$ 110 milhões (R$ 348,7 milhões) a uma mulher do Estado da
Virginia, que diz ter desenvolvido câncer de ovário após o uso, por
décadas, de produtos à base de talco para higiene feminina.
O veredicto no tribunal estadual em St. Louis foi o maior até agora a
ser definido, entre cerca de 2.400 de ações judiciais que acusam a J
& J de não alertar adequadamente os consumidores sobre os riscos de
câncer, com a utilização de produtos à base de talco, incluindo o
conhecido talco para bebê.
Muitos desses processos estão pendentes em St. Louis, onde a J & J
enfrentou quatro julgamentos anteriores, três dos quais resultaram em
veredictos de US$ 197 milhões (R$ 624 milhões) contra a empresa e o
fornecedor do talco.
O veredicto de quinta-feira é decorrente de uma ação contra a J &
J e o fornecedor Imerys Talc, de autoria de Lois Slemp, uma residente
de Virgínia que está passando por quimioterapia após seu câncer de
ovário, diagnosticado em 2012, ter retornado e se espalhado para seu
fígado.
Slemp alegou que ela desenvolveu câncer depois de usar por quatro
décadas produtos da J & J, incluindo talcos para bebê e para banho.
Ted Meadows, advogado de Slemp e de outros que entraram com ação, disse em um comunicado:
— Mais uma vez nós mostramos que essas empresas ignoraram a evidência
científica e continuam a negar suas responsabilidades para com as
mulheres da América.
Em uma declaração, a J & J afirmou que se compadecia pelas
mulheres impactadas por câncer de ovário, mas que pretende recorrer.
— Estamos nos preparando para outros julgamentos neste ano e
continuamos defendendo a segurança do Baby Powder (talco para bebês)”.
R7
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