Ex-ministro Palocci fecha acordo de delação e vai acusar ex-presidente Lula
Criminalista José Roberto Batochio decidiu se afastar do caso por ser advogado do ex-presidente

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci decidiu fechar
um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito
da Operação Lava Jato.
Por discordar do método, seu advogado de defesa, o criminalista José
Roberto Batochio, decidiu se afastar do caso. Como Batochio é também
advogado do ex-presidente Lula, as duas defesas se tornaram
conflitantes. Confira a nota divulgada por seu escritório:
O Escritório José Roberto Batochio Advogados Associados deixa hoje o
patrocínio da defesa de Antonio Palocci em dois processos que contra
este são promovidos perante o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, em
razão de o ex-ministro haver iniciado tratativas para celebração do
pacto de delação premiada com a Força Tarefa Lava-jato, espécie de
estratégia de defesa que os advogados da referida banca não aceitam em
nenhuma das causas sob seus cuidados profissionais.
Nesta semana, Palocci retomou conversas com os advogados com quem já
havia iniciado o acordo, Adriano Bretas e Tracy Reinaldeti, de Curitiba.
Palocci foi preso em setembro do ano passado. Ele aguarda um
posicionamento do Supremo Tribunal Federal sobre um pedido de soltura,
depois que o relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin,
enviou o caso ao plenário.
A iniciativa foi tomada após Fachin ter sido vencido na Segunda Turma
da Corte, colegiado responsável pelas questões relativas à Lava Jato,
nos julgamentos que decidiram pela soltura do ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu, do empresário José Carlos Bumlai e do ex-tesoureiro do PP
João Claudio Genú, todos réus na Lava Jato.
Brasil 247
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