Polícia Federal indicia Lula, Marisa Letícia, Antônio Palocci e mais quatro
A
Polícia Federal (PF) decidiu indiciar o ex-presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a
ex-primeira-dama Marisa Letícia e outras quatro pessoas, na Operação
Lava Jato.
O ex-presidente foi indiciado pelo crime de corrupção
passiva, enquanto todas as demais pessoas citadas foram indiciadas por
lavagem de dinheiro.
Veja a lista de indiciados:
Luiz Inácio Lula da Silva – ex-presidente da República
Marisa Letícia Lula da Silva – ex-primeira-dama
Antônio Palocci Filho – ex-ministro nos governos Lula e Dilma
Glaucos da Costamarques – primo do pecuarista José Carlos Bumlai, já condenado na Lava Jato
Demerval de Souza Gusmão Filho – Dono da empresa DAG Construtora
Roberto Teixeira – Advogado do ex-presidente Lula
Branislav Kontic – Assessor do ex-ministro Palocci
Marisa Letícia Lula da Silva – ex-primeira-dama
Antônio Palocci Filho – ex-ministro nos governos Lula e Dilma
Glaucos da Costamarques – primo do pecuarista José Carlos Bumlai, já condenado na Lava Jato
Demerval de Souza Gusmão Filho – Dono da empresa DAG Construtora
Roberto Teixeira – Advogado do ex-presidente Lula
Branislav Kontic – Assessor do ex-ministro Palocci
Odebrecht fora do indiciamento
O delegado que subscreve o indiciamento disse que deixou de indiciar o
ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, devido ao fato de
que ele já responde pelo crime de corrupção ativa, crime que lhe poderia
ser imputado.Da mesma forma, a PF também decidiu deixar de fora do indiciamento o pecuarista José Carlos Bumlai, por falta de “novos elementos que amparassem a participação do mesmo nos fatos”.
Outro lado
Por telefone, a assessoria de imprensa do Instituto Lula informou que o
ex-presidente aluga o apartamento vizinho ao seu. Acrescenta que o
instituto funciona no mesmo local há anos e que nunca foi proprietário
do terreno em questão.
A defesa do ex-presidente Lula afirmou que a transação envolvendo o terreno onde supostamente seria edificado o Instituto Lula é um “delírio acusatório” “Nós apelidamos de transação imobiliária Manoel Bandeira, o nosso poeta. Uma transação que teria sido feita, mas que nunca foi. Portanto, estamos orbitando na esfera da ficção”, afirmaram os advogados.
A defesa do ex-presidente Lula afirmou que a transação envolvendo o terreno onde supostamente seria edificado o Instituto Lula é um “delírio acusatório” “Nós apelidamos de transação imobiliária Manoel Bandeira, o nosso poeta. Uma transação que teria sido feita, mas que nunca foi. Portanto, estamos orbitando na esfera da ficção”, afirmaram os advogados.
A defesa de Palocci e Kontic diz
que nada se conseguiu que pudesse incriminar os dois no primeiro
processo a que eles respondem. “Então, este artifício acusatório não
pode ser levado a sério, porque ambos nada têm a ver com o Instituto
Lula, terrenos ou locação de apartamentos em São Bernardo do Campo”. Os
advogados também reclamaram da atuação policial. “Até quando teremos de
aguentar essas manobras da acusação, que não encontram na língua
portuguesa um adjetivo qualificativo que lhes faça justiça?”.
O caso
O indiciamento trata de dois casos distintos: o primeiro é sobre a
compra de um terreno, que seria utilizado para a construção de uma sede
do Instituto Lula. O segundo é sobre o aluguel do apartamento que fica
em frente ao que o ex-presidente mora. A Polícia Federal defende que
ambos os casos tratam de pagamento de propina da construtora Odebrecht,
ao ex-presidente.
Os dois casos corriam em inquéritos diferentes. No entanto, o delegado Márcio Adriano Anselmo, que produziu o indiciamento, considerou que deveria unir as duas investigações, por se tratarem de fatos correlatos.
Os dois casos corriam em inquéritos diferentes. No entanto, o delegado Márcio Adriano Anselmo, que produziu o indiciamento, considerou que deveria unir as duas investigações, por se tratarem de fatos correlatos.
Conforme a investigação, o
ex-ministro Antônio Palocci operava distribuindo a propina da Odebrecht
ao Partido dos Trabalhadores (PT). A PF diz que ele usava a influência
para atuar em favor dos interesses da empreiteira junto ao governo
federal.
Segundo a PF, Lula foi um dos beneficiários dessa
propina. Uma parte dela foi com a compra do terreno que seria usado para
a construção da sede do Instituto Lula. O terreno foi adquirido por
meio da DAG Construções. A polícia diz que a empresa atuava como um
preposto da Odebrecht. Embora o terreno tenha sido adquirido, não houve
mudança na sede do instituto para o referido terreno.
Já o
apartamento teria sido comprado por Glaucos da Costamarques e alugado ao
ex-presidente Lula, em um contrato celebrado no nome da
ex-primeira-dama, Marisa Letícia. No entanto, de acordo com a
investigação, nunca houve qualquer pagamento por parte do ex-presidente,
que utiliza o imóvel, pelo menos, desde 2003.
A polícia diz que a
operação foi realizada para ocultar o verdadeiro dono do imóvel. Para o
delegado, o ex-presidente Lula é quem é dono do local, que também teria
sido adquirido por meio de propina obtida junto à Odebrecht, com a
intermediação de Palocci.
G1
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