quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Esquema de funcionários fantasmas

Prefeito eleito de Osasco e mais 10 vereadores são presos pela Operação Caça-Fantasmas

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A Operação Caça-Fantasmas prendeu 11 vereadores de Osasco, na região metropolitana de São Paulo; dentre os detidos está o prefeito eleito da cidade, Rogério Lins (PTN), que atualmente é parlamentar do município; de acordo com o MP-SP, o Gaeco do município está cumprindo 14 mandados de prisão contra parlamentares; estimativa do Gaeco aponta que o esquema desviou R$ 21 milhões; o objetivo da operação é desmantelar um esquema funcionários fantasmas e captação de dinheiro de parte do salário dos assessores dos parlamentares.
A Operação Caça-Fantasmas prendeu nesta terça-feira (6) 11 vereadores de Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Dentre os detidos está o prefeito eleito da cidade, Rogério Lins (PTN), que atualmente é parlamentar do município.
De acordo com o o Ministério Público (MP-SP), o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do município está cumprindo 14 mandados de prisão contra parlamentares. Estimativa do Gaeco aponta que o esquema desviou R$ 21 milhões. Até o momento, 73 mandados de busca foram cumpridos.
Desde que foi deflagrada, em agosto de 2015, a operação, para desmantelar um esquema de funcionários fantasmas e captação de dinheiro de parte do salário dos assessores dos vereadores, conta com 117 volumes de investigação.
A denúncia foi oferecida nesta semana contra 217 pessoas, entre vereadores, assessores e fantasmas. Mais de 200 pessoas foram afastadas de seus cargos cautelarmente pela Justiça, a pedido do MP.
O prefeito eleito divulgou uma nota sobre a operação:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Vereador ROGÉRIO LINS, vem, por sua assessoria, em atenção à imprensa e à sociedade, em virtude das notícias veiculadas nesta data, acerca das operações realizadas pelo Ministério Público, esclarecer que:
Em que pese o respeito pelas autoridades constituídas, bem como pelas decisões proferidas, esclarece que desconhece qualquer motivo que pudesse justificar a medida extrema proferida em seu desfavor, até porque tem colaborado intensamente com as investigações do Ministério Público.
Merece destaque o fato de que fora intimado a prestar esclarecimentos perante a 8ª Promotoria de Osasco na data de 22/11/2016, e em flagrante demonstração de comprometimento e lisura, antecipou sua oitiva para a data de 18/11, nutrindo o órgão ministerial de informações relevantes para contribuir com as investigações, demonstrando pormenorizadamente o seu não envolvimento com qualquer ilicitude.
Não bastasse isso, todos os funcionários lotados em seu gabinete foram intimados pelo Ministério Público, e apresentaram informações/defesas por escrito, acompanhadas de documentos comprobatórios do fiel desempenho das funções, não havendo qualquer fraude, ou ato ilícito que possa induzir ao conceito de crime.
Tamanha a lisura no trato com a coisa pública, na data de 28/11/2016 licenciou-se das suas funções parlamentares, de acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal e deu ciência ao Ministério Público dos procedimentos adotados, informando, inclusive, que se ausentaria em viagem ao exterior, declinando, ainda, a data de regresso à autoridade.
Por fim, desconhece as razões que fundamentaram a decisão do Poder Judiciário, e que jamais compactuou com qualquer prática lesiva ao patrimônio público e à sociedade. Nunca praticou crime e nunca fez parte de organização criminosa.
Nosso corpo jurídico desconhece as razões que ensejaram a decisão judicial e está preparando as medidas jurídico legais para reversão da medida, por acreditar ser extrema e açodada.
Osasco, 6 de dezembro de 2016.
EMILIA CORDEIRO
ASSESSORA DE IMPRENSA
PREFEITO ELEITO ROGÉRIO LINS (PTN)
Brasil 247

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