Cadáveres chilenos: Aquecimento global está derretendo múmias mais antigas do mundo
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Foto: Ilustrativa Getty Images |
Não
é só no ecossistema que a mudança climática refletiu, começou a
destruir múmias. Isso mesmo. Os exemplos mais antigos de preservação
ritualística de cadáveres em decomposição estão sofrendo com o
aquecimento global.
As
Múmias dos Chinchorros são um conjunto de 180 múmias chilenas, que
estão preservadas há 7 mil anos – algumas das egípcias são pelo menos 2
mil anos mais novas. Segundo a Super Interessante, nos últimos 10 anos, mesmo com toda a proteção de ponta que o Museu Arqueológico de San Miguel de Azapa, da Universidade de Tarapacá, tem para oferecer, as múmias de lá estão entrando em rápida decomposição e se transformando em uma gosma preta.
Uma
investigação feita pelo próprio museu mostrou que foi o aumento da
umidade que encorajou o crescimento de micróbios oportunistas nas
relíquias, acelerando o processo de decomposição orgânica – a gosma
preta seria o produto desse processo. E o aumento da umidade está ligado
à disparada da temperatura na Terra, causada, já sabemos, por
atividades humanas – principalmente a queima de combustíveis fósseis.
O
estrago é incalculável porque essas múmias são capítulos importantes do
passado das Américas. O povo que as fabricou, os Chinchorros, eram
caçadores-coletores, e tinham uma técnica própria de preservação de
corpos – que envolvia o uso de areia do deserto -, e que era praticada
principalmente em crianças e fetos mortos.
Yahoo
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