sábado, 1 de outubro de 2016

Alerta aos candidatos

Dirigente do IBOPE adverte que pesquisas devem ter cuidado: eleitor decidirá em cima da hora

Publicado por: Amara Alcântara

ibope pesquisa
Aos 62 anos, Carlos Augusto Montenegro ainda é a cara do Ibope, o mais importante instituto de pesquisas do Brasil.
Embora afastado das funções executivas da empresa, o economista carioca está atento à inédita queda da contratação dos seus serviços – e de concorrentes – para as eleições 2016.
Nesta conversa com VEJA, Montenegro afirma que o eleitor vai decidir o voto nas últimas 48 horas antes da eleição:
Como a recessão e a proibição de doações empresariais estão afetando o mercado de pesquisas?
Os pedidos de pesquisas caíram mais de 50% este ano.
Partidos, candidatos avulsos e empresas em geral eram os nossos clientes preferenciais.
A sorte do Ibope é que 70% do nosso faturamento vem das medições de audiência que fazemos das TVs.
Outros institutos de pesquisa que não tenham levantamentos a fazer fora da política vão ter problemas certamente.
O desinteresse da população pelas eleições torna mais difícil o trabalho dos institutos de pesquisa?
Sim, mas como o voto é obrigatório facilita.
Acho que as pesquisas têm que tomar muito cuidado porque as 48 últimas horas nesta campanha serão cruciais. As pessoas vão decidir o voto em cima da hora.
A rejeição alta da classe política também torna ainda mais imprevisíveis os resultados?
Isso nem tanto porque todos estão sendo rejeitados.
Quando um deles é vaiado no Maracanã, a reação é para toda a classe política.
De fato, todos têm algum telhado de vidro hoje.
A internet superou a TV em uma campanha? Ainda não. A cultura de TV no Brasil ainda é muito forte.
As inserções durante a programação e a cobertura jornalística do dia dos candidatos nas emissoras ainda são fundamentais.

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