Laudo encomendado pelo Ministério Público aponta que médica antecipou sete mortes em UTI
O
Ministério Público do Paraná (MP) informou nesta quarta-feira (13/07)
que um laudo complementar aponta que a médica Virgínia Soares de Souza
antecipou a morte de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do
Hospital Evangélico, em Curitiba. A investigação do Núcleo de
Representação aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa) começou após denúncia
de familiares de pacientes.
A médica, que chefiava a unidade, mais
sete pessoas foram acusadas por homicídio qualificado e formação de
quadrilha em 2013. Ela e outras quatro pessoas chegaram a ser presas. O
processo aponta que sete pacientes foram mortos por asfixia, com uso do
medicamento Pavulon, que paralisava a respiração, e diminuição de
oxigênio no respirador artificial.
Laudo complementar encomendado
pelo MP aponta que a médica e os outros envolvidos que integravam a
equipe dela aplicaram doses excessivas de sedativos e analgésicos em
pacientes que morreram na UTI.
O judiciário não informou a data que os acusados serão ouvidos.
ENTENDA O CASO – Virgínia
Helena Soares Souza é médica há 30 anos e trabalhava como intensivista
no Evangélico, hospital filantrópico que é referência para o atendimento
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba e região. Na época, o
hospital emitiu nota afirmando que “desconhecia qualquer ato técnico [da
profissional] que tenha ferido a ética médica” e disse “reconhecer sua
competência”.
UOL
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